A canção Saudosa Maloca
, imortalizada na voz do cantor e compositor Adoniran Barbosa, foi retratada em um filme homônimo que chega aos cinemas no dia 21 de março. O longa se baseia no samba para contar a vida de Joca e Matogrosso, dois amigos folgados que fazem de tudo para continuar tendo uma vida mansa mesmo depois que a urbanização chega à cidade de São Paulo. A trama foi dirigida por Pedro Serrano e traz no elenco Gero Camilo (
Mussum- O Filmis
) e Gustavo Machado (
Elis
) como os protagonistas, e o ator e cantor Paulo Miklos (
Manhãs de Setembro
) como o próprio Adoniran.
O enredo se baseia nos versos “Se o sinhô não está lembrado/ Dá licença de contar/ Que aqui onde agora está/ Esse adifício arto/ Era uma casa velha/ Um palacete abandonado” e traz Adoniran, já do alto de seus 72 anos, narrando ao garçom de um bar histórias de uma São Paulo que não existe mais, lembrando com carinho dos amigos que viviam em numa maloca e eram apaixonados por Iracema (Leilah Moreno), a garçonete do boteco.
São esses causos dos amigos e da cidade que baseiam o argumento principal do filme, que ainda reflete como a especulação imobiliária mudou totalmente a geografia da cidade. De acordo com o release oficial, o cenário do longa é uma capital paulista bucólica que pouco se assemelha com a versão que conhecemos hoje.
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De acordo com o diretor, a história é uma trama bem brasileira, mas essencialmente paulista e deve conquistar o público do estado. Já Paulo Miklos — que foi vocalista da banda de rock Titãs — ressaltou o espírito rock’n’ roll de Adoniran.
“Adoniran Barbosa é muito rock ‘n ‘roll, devido aos temas de suas músicas, as tragédias, a crítica social e a crônica muito afiada sobre São Paulo e o povo brasileiro. Ele é um personagem muito rico e, ao mesmo tempo, marcante na memória afetiva das pessoas”.
Para criar o roteiro foram chamados Serrano, além de Guilherme Quintela (
Sintonia
, Meu Amigo Hindu
) e Rubens Marinelli (
O Santo Maldito
), com consultoria de Lusa Silvestre, conhecido por seu trabalho nos roteiros de
Estômago
e no mais recente Medida Provisória
.
Vale lembrar que o universo de Adoniran não é novidade para o diretor, que em 2015 lançou o curta Dá Licença de Contar
, que já trazia o trio central no elenco fazendo os mesmos personagens e, em 2020, lançou o documentário Adoniran, Meu Nome é João Rubinato
. Agora com o longa, ele amplia a história do curta trazendo mais elementos do universo do compositor paulista, com falas e personagens presentes em diversos sambas do compositor, costurados numa só.
No elenco, além do trio principal estão Sidney Santiago Kuanza, Paulo Tiefenthaler, Carlos Gimenez, Izak Dahora, Zemanuel Piñero, Ney Piacentini, e Noemi Marinho. Lembrando que quem quiser conferir a obra nos cinemas, poderá assisti-la a partir do dia 21 de março.
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