terça-feira, 7 de maio de 2024
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Satélite tira foto de foguete descartado na órbita da Terra

Danielle Cassita

Satélite tira foto de foguete descartado na órbita da Terra

Agora já sabemos como é ver pedaços de lixo espacial na órbita da Terra
. A subsidiária japonesa da Astroscale usou seu satélite ADRAS-J para registrar um estágio de foguete descartado perto do nosso planeta, e divulgou a imagem nesta sexta (26).

“Preparam-se, [esta é] a primeira foto do mundo de lixo espacial capturada por meio de operações de encontro e proximidade durante a nossa missão ADRAS-J”, escreveu a Astroscale na publicação. No entanto, a primeira foto de lixo espacial foi tirada em 2003 pelo satélite XSS-10, do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos Estados Unidos.

O nome ADRAS-J é a sigla de Active Debris Removal by Astroscale-Japan (ou Remoção ativa de detritos pela Astroscale-Japão, em tradução livre). A missão foi lançada à órbita da Terra com um foguete Electron, da Rocket Lab, em fevereiro, com o objetivo de se aproximar do estágio superior do foguete
H-2A e estudá-lo.


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O veículo foi lançado em 2018, mas se rompeu e formou mais de 70 pedaços em 2019. No ano seguinte, a Estação Espacial Internacional precisou executar uma manobra de desvio dos fragmentos
para garantir que ficaria a uma distância segura.

O objetivo foi cumprido. No início do mês, o ADRAS-J ficou a algumas centenas de quilômetros do estágio, e em seguida, iniciou a fase de aproximação dele. Foram feitas várias manobras, e ao fim delas, o satélite ficou a apenas algumas centenas de metros do objeto.

A ideia é que os dados obtidos durante o procedimento contribuam para o desenvolvimento de outras espaçonaves, que sejam capazes de realizar manutenção em satélites ou até removê-los do espaço.

Confira a foto:

Não pense que o trabalho acabou. “Na próxima fase da missão, o ADRAS-J vai tentar capturar imagens adicionais do estágio superior por meio de várias operações controladas de aproximação”, acrescentou a Astroscale.

A empresa destacou que as fotos e dados obtidos devem ter papel fundamental para o entendimento tanto dos detritos orbitais quanto para futuras missões de remoção deles. Procedimentos do tipo são complexos, mas importantes para manter a órbita da Terra segura e acessível para futuras missões.

O H-2A, por exemplo, mede 11 metros por 4, e se colidisse com algum outro pedaço de lixo espacial ou satélite, poderia gerar uma verdadeira nuvem de detritos. Estes fragmentos poderiam se chocar com outros, levando a um efeito dominó de impactos orbitais
.

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.

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