quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

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Review Dell G15 5530 | Notebook gamer de entrada no limite do segmento

Daniel Trefilio

Review Dell G15 5530 | Notebook gamer de entrada no limite do segmento

O G15 5530 é o novo notebook gamer da Dell
com processador Intel
Core i7-13650HX e placa de vídeo NVIDIA GeForce RTX 4050 para rodar jogos em FullHD e boa qualidade
gráfica. Mesmo sendo de entrada, a placa da série RTX40 traz suporte ao DLSS 3.5 e frame generator

, ferramenta essencial para fluidez acima de 60 FPS nos jogos onde fica faltando aquele último gás, colocando o 5530 na fronteira com modelos intermediários.

Testei o Dell G15 5530
tanto para jogar quanto para trabalhar e, de maneira geral, fiquei bem satisfeito com o resultado, principalmente para um notebook que custa menos de R$ 10 mil na loja oficial da Dell
. Uma funcionalidade interessante — e rara — entre os modelos gamer é o modo de autoincialização ao abrir a tampa, sem a necessidade de pressionar o botão de ligar.

Os únicos problemas que realmente chamam atenção são a autonomia de bateria extremamente baixa, de pouco mais de 2 horas, e alguns conflitos nas configurações automáticas de overclock. Em uso normal, raramente elas são preocupantes, podendo até ser uma vantagem, mas, em testes específicos, elas estressam o processador acima da temperatura limite, desligando o sistema.


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Prós

  • Modo inicialização rápida
  • Compatível com DLSS 3.5 e geração de quadros
  • Relativamente silencioso
  • BIOS intuitiva
  • Teclado numérico

Contras

  • Alienware Command Center
  • Bateria de apenas 2h
  • Superaquecimento em algumas aplicações

Design e construção

Praticamente todos os notebooks Dell G Series
trazem designs angulados e sóbrios, quase se passando por modelos tipo workstation, e o G15 5530 segue a mesma linha. O chassi em plástico duro e resistente traz bons recortes para entrada e saída de ar nas laterais e traseira, um logo singelo da série G, na lateral esquerda da dobradiça para a tela de 15,6 polegadas com resolução Full HD (1920 x 1080) e taxa de atualização de 165 HZ.

Um ponto fortíssimo para um notebook gamer, e uma evolução clara sobre gerações anteriores da família G Series, é o quanto o G15 5530 é silencioso, mesmo em operação intensa. Naturalmente, ele eleva a velocidade das ventoinhas, mas o nível de ruído é relativamente baixo, sendo bem confortável utilizá-lo para jogar utilizando as caixas de som estéreo com tecnologia
Dolby Atmos.

Outro ponto positivo do 5530, mas que já é tradição na linha G de notebooks, é o teclado completo com layout ABNT
2, teclas numéricas e iluminação RGB em 4 zonas. A Dell não utiliza switches mecânicos – e honestamente essa tecnologia ainda é bastante questionável em notebooks -, mas a solução de membrana da série G é uma das mais confortáveis do mercado para digitar, sendo possivelmente a mesma adotada na linha XPS.

O projeto interno do 5530 assusta a primeira vista, mas faz sentido em uma análise mais cuidadosa. Ao remover a tampa inferior, é possível notar rapidamente onde estão posicionados o conector da bateria, os dois slots NVMe M.2, placa de rede e pentes de memória, facilitando muito o processo de upgrade ou substituição dos componentes.

Abrir o G15 também é relativamente fácil, mas é importante ressaltar que os dois parafusos dos cantos inferiores e os dois laterais não saem completamente da tampa. Isso faz com que seja preciso utilizar o separador de plástico ao longo do processo de desparafusar para evitar girar em falso e danos ao parafuso ou rosca.

Outro ponto curioso é que, ao que tudo indica, a Dell não posicionou os dissipadores de calor e heatpipes
na parte mais externa do projeto, mas entre a placa mãe e o teclado. Isso porque o conjunto de arrefecimento traz um dissipador bem maior, recobrindo praticamente toda a área da placa-mãe, e posicioná-lo para fora iria impedir o acesso às memórias e slots de expansão.

Algo que não chega a ser um problema, mas pode ser inconveniente é o fato de apenas o slot NVMe secundário ter um dissipador para SSDs M.2 2280. O dissipador do slot principal é de apenas 42 mm, obrigando o usuário a instalar um SSD
que já venha com solução térmica própria, ou simplesmente deixar sem em caso de substituição.

““Os dois parafusos intermediários travados na tampa dificultou um pouco o processo de abertura do Dell G15 5530 e precisei ter um cuidado extra para não forçá-los””

— Daniel Trefilio

Ficha técnica Dell G15 5530

O G15 5530 é um notebook da linha G15 da Dell, projetado para o segmento gamer de entrada, com processadores Intel Core i5 ou i7 de 13⁠ª geração e placa de vídeo NVIDIA GeForce RTX 3050
ou 4050, ambas de 6 GB GDRR6. Além disso, ele oferece opções de memória e armazenamento de até 16 GB de RAM DDR5-4800
– expansível até 32 GB -, e SSD NVMe de até 1 TB.

Especificamente, o modelo desta análise é a versão mais completa, com i7-13650HX, RTX 4050, 16 GB de RAM
e 1 TB de armazenamento, mostrando o potencial que um notebook de entrada pode oferecer se bem otimizado. A tela de 15,6 polegadas, com resolução FullHD e taxa de atualização de 165 Hz, tem cobertura de cores de 100% do padrão sRGB, sendo para oferecer boa qualidade para games em 1080p com fluidez de quadros de no mínimo 60 FPS.

Apesar de não ser da linha Alienware, ele também conta com o software
Alienware Command Center para monitorar temperaturas, frequências e regular perfis de uso de forma simples e, até certo ponto, automatizada. A desvantagem é que o aplicativo restringe o usuário aos perfis pré-configurados, limitando personalizações de velocidade da ventoinha, além muitas vezes disputar com a própria BIOS como realizar essa gestão, se sobrepondo a configurações de estabilidade e segurança, como fica claro em alguns testes de benchmark.

O software também permite personalizar os padrões de cores do teclado RGB em 4 zonas, com teclas numéricas e atalhos dedicados para funções específicas. O Dell G15 5530
ainda traz sistema de áudio Dolby Atmos, webcam de 720p, e no quesito conectividade ele conta com uma porta P2 de 3,5 mm, uma RJ45, rede Wi-Fi 6, Buletooth 5.2, três portas USB 3.2 Gen1, uma USB-C 3.2 Gen2 com DisplayPort
e uma HDMI 2.1.

Especificações do Dell G15 5530

  • Tela
    : 15,6 polegadas; FullHD (1920 × 1080) @ 165 Hz

  • CPU

    : Intel Core i7-13650HX (14-core, 4,9 GHz)
  • GPU
    : NVIDIA® GeForce RTX ™ 3050 (6 GB) ou GeForce RTX ™ 4050 (6 GB)
  • Memória
    : 8 GB DDR5 ou 16 GB (2×8) DDR5 a 4.800 MT/s (Expansível até 32 GB)
  • Armazenamento
    : SSD NVMe M.2 PCIe4 de 256 GB, 512 GB ou 1 TB.
  • Webcam
    : Câmera HD RGB de 720p a 30 fps
    com microfone único integrado
  • Sistema Operacional
    : Windows 11 Home, Windows 11 Pro, Ubuntu 22.04
  • Rede
    : Intel® Wi-Fi 6 AX201, 2×2, 802.11ax com Bluetooth 5.2; Ethernet RJ45

““A parte mais problemática do G15 5530 ainda é o Alienware Command Center. O sistema de gerenciamento de modos de operação e velocidade das ventoinhas é quase todo travado, limitando o usuário aos presets de fábrica””

— Daniel Trefilio

Tela

A tela do G15 5530 é de 15,6 polegadas, resolução Full HD (1920 x 1080), em painel IPS de 165 Hz. Mesmo com brilho relativamente, de 300 nits, a cobertura de cores de 100% do padrão sRGB e suporte a tecnologia NVIDIA G-SYNC ajudam a entregar boas imagens em games.

Ainda assim, nas configurações de fábrica, as cores ficam com aspecto um pouco “lavado”, sendo preciso recorrer a um perfil personalizado no Painel de Controle da NVIDIA para um ajuste fino. Efetivamente, a maioria dos notebooks com tela IPS compartilham essa mesma característica, mas algumas fabricantes embarcam perfis pré-configurados em seus softwares proprietários, algo que não ocorre no Alienware Command Center – ao menos não no do G15 5530.

Também como na maioria dos painéis IPS, o efeito de “backlight bleed”, quando a própria iluminação da tela “vaza” pelas laterais, é perceptível em ambientes totalmente escuros, mas não chega a incomodar.

Teclado e touchpad

O touchpad do Dell G15
é um pouco pequeno para a proporção do chassi, mas ele é bastante responsivo e confortável. Mesmo não sendo exatamente o mesmo estilo de touchpad dos notebooks corporativos da Dell, a solução embarcada no 5530 é acima da média para um modelo gamer, no qual praticamente todos os usuários vão optar por mouse e teclado dedicados.

Também uma inspiração clara nos Dell XPS, o teclado do G15 5330 com teclas numéricas e padrão ABNT2 é um dos mais confortáveis entre os notebooks gamer. Com teclas quase alinhadas ao corpo do notebook e com boa altura de atuação ele serve muito bem para longas sessões de digitação, mas está longe do ideal para jogar, por parecer relativamente frágil.

O único elemento estético mais “gamer” do notebook também fica a encargo do teclado, que traz iluminação RGB em 4 zonas, já tradicional dos modelos G series, com efeitos configuráveis no AWCC. Além das teclas numéricas, o notebook traz uma tecla dedicada “Gaming”, acionável na combinação FN+F9, para alternar manualmente entre os perfis de economia, equilíbrio ou desempenho.

Conectividade

Uma das minhas características favoritas do G15 5530 é a sua conectividade, com duas portas USB 3.2 Gen1 (tipo A) do lado direito, e apenas a porta de rede RJ45 e o plug P2 de 3,5 mm para fone do lado esquerdo. A porta HDMI 2.1 e USB-C 3.2 Gen2, com suporte a DisplayPort ficam na traseira do notebook, reduzindo a quantidade de cabos espalhados pela bancada ao utilizar ele com teclado, mouse e monitor dedicados.

O único problema real é um produto com processador Intel Core i7 de 13a geração não trazer uma porta Thunderbolt sequer para hubs de alta velocidade. Isso limita o G15 5530 a largura de banda de até 5 Gbps nas portas USB-A e 10 Gbps apenas na porta USB-C traseira, podendo criar gargalos e falhas ao tentar conectar muitos dispositivos simultaneamente.

Outra questão que logo será um problema é o fato de a rede sem fio ser apenas Wi-Fi 6, e não 6E
, impedindo que o notebook se conecte a frequências de 6 GHz em roteadores compatíveis
. Isso praticamente obriga o usuário a depender da porta RJ45 para tirar o máximo de conexões de fibra, principalmente com os planos de 1 Gbps se tornando mais acessíveis.

Bateria

O ponto mais fraco do G15 5530 é, sem dúvidas, sua bateria que, apesar de ser de 86 Wh, dura apenas pouco mais de 2 horas em testes de produtividade. Rodando os benchmarks do UL Procyon, que executam ferramentas do Microsoft
Office em loop, a autonomia do sistema foi de 142, com brilho de tela regulado em 150 nits (50%).

Esse valor cai ainda mais quando passamos para testes em games, caindo para cerca de 1 hora e 35 minutos, rodando Cyberpunk 2077
com gráficos no médio, DLSS no modo desempenho e sem Ray Tracing. Por mais que seja possível tentar jogar utilizando o perfil de economia de bateria, isso não altera o perfil de comportamento do overclock automático do sistema, que acaba resultando em thermal throttling
e muitos engasgos, mesmo reduzindo as configurações gráficas.

Outra questão curiosa é que, mesmo com uma fonte de 330 Watts, o tempo de carga do Dell G15 5530 não é muito diferente do de notebooks com fontes menores – e mais leves. Ele leva cerca de 40 min para uma carga entre 60% e 70%, mas estabiliza em um ritmo menos intenso no restante do processo.

Temperatura

A temperatura de operação do Dell G15 5530 é um ponto um tanto complexo, pois esbarra, justamente, nas configurações do software AWCC. Historicamente, o software embarcado da Alienware sempre apresentou problemas, tanto na leitura dos sensores de temperatura quanto no gerenciamento de recursos, muitas vezes apenas limitando a velocidade das ventoinhas para reduzir ruído, mas forçando frequências até o limite térmico.

Em uso real, as temperaturas do G15 5530 estão dentro da média esperado, atingindo picos de 90 °C para o processador e 73 °C para a GPU. Isso vale tanto para a maioria dos jogos quanto para o teste TimeSpy Extreme do 3DMark, que simula o uso intenso de recursos do sistema, mas com os mesmos tipos de instruções utilizados em games.

O problema real é quando passamos para benchmarks sintéticos mais pesados, mais especificamente o Cinebench 2024. O teste que serviria unicamente para avaliar o potencial profissional do notebook não pode ser concluído, pois o AWCC simplesmente desbloqueava as frequências do CPU, atingindo picos de temperatura de mais de 101 °C, e a temperatura de junção do i7-13650HX é de 100 °C.

Com isso, o sistema força um desligamento para evitar danos ao processador e outros componentes
. Uma forma de evitar esse tipo de comportamento sugerida não-oficialmente, mas pela própria comunidade, é aplicar limitações de tensão no processador, ou “undervolt”.

Na prática, ele seria o oposto do overclock e quase sempre pode ser implementado no próprio Windows ao modificar as configurações do Plano de Energia. O problema é que essa funcionalidade, geralmente, só vem liberada no Windows 11 Pro, não estando disponível para todos os usuários dependendo da sua versão do sistema.

Além disso, o AWCC se sobrepõe às configurações do sistema e da BIOS, resetando eventuais limitações. Uma alternativa mais agressiva seria forçar um undervolt utilizando a ferramenta Intel Extreme Tuning Utility ou software terceiros, como o Throttlestop, mas por segurança, a Dell desabilita esse tipo de modificação profunda na BIOS.

No fim das contas, o usuário, novamente, acaba refém do Alienware Command Center com um problema que pode até danificar seu notebook gamer. A boa notícia é que não observei esse mesmo comportamento de extrapolar a temperatura limite do processador em outras aplicações mais reais, mesmo nos softwares profissionais de renderização.

Ainda assim, é importante ficar atento caso seu G15 5530 comece a apresentar desligamentos repentinos, por haver grandes chances de ele estar superaquecendo, sendo recomendado monitorar temperaturas e registrá-las para acionar a garantia eventuais em caso de danos.

Por outro lado, para quem estiver disposto a remover o software e depender apenas do Windows e BIOS para definir padrões de energia, a BIOS do G15 5530 é bastante intuitiva, totalmente em português, e é bem completa.

““Continuar a embarcar o Alienware Command Center em notebooks mais baratos e, nitidamente incompatíveis, é um problema que vem desde o Dell G5 5590. O Dell G15 5530 sozinho é um excelente notebook de entrada, mas o AWCC mais atrapalha que ajuda””

— Daniel Trefilio

Benchmarks

Salvo pela questão pontual do Cinebench 2024, o comportamento do Dell G15 em testes sintéticos e em games foi bastante positivo. Os resultados tanto em benchmarks de produtividade quanto profissionais estão pouco abaixo de notebooks com i7-13750HX e RTX 4060, mostrando que a economia pode compensar, dependendo do perfil do usuário.

Produtividade

O G15 5530 é um notebook gamer, e foi projetado para tal, mas ainda assim, por estar em uma faixa de preço parecida com notebooks corporativos, ele pode ser uma solução híbrida interessante. Utilizando no dia a dia, consegui trabalhar tranquilamente com minhas mil abas do navegador, e aplicações web, como Google
Workspace (G-Suit), Pixlr, Slack
, Trello
, — e Spotify
—, sem notar engasgos ou travamentos.

Nos testes do Procyon, que simulam usos intensos de vários documentos, planilhas e apresentações no pacote Microsoft 365, os resultados ficaram dentro do esperado. Com 5849 pontos, o i7-13650HX fica 2 mil pontos atrás do i7-13700H, mas praticamente empata com seu equivalente da geração anterior, e o mesmo vale para os testes do Geekbench 6 em single core.

Já no Geekbench 6 Multi
core a situação muda de figura, muito provavelmente por conta do sistema embarcado de overclock automático. Apesar de nesse caso específico o sistema não ter desligado, as temperaturas atingiram picos de 98 °C, mas o resultado foi de impressionantes 13016 pontos. Isso supera com folga praticamente todos os outros i7 de notebooks que já testamos, e quase empata com o i9-13900HX do Alienware m16
.

““Ver a GeForce RTX 4050 de 6 GB entregar quase o mesmo desempenho em benchmarks que a RTX 4060 de 8 GB é bem impressionante. Isso só atesta que a segmentação do portfólio de GPUs é uma medida sim para capitalizar mais chips, mas que também flexibiliza a criação de projetos mais bem dimensionados””

— Daniel Trefilio

Criação de conteúdo

No quesito criação de conteúdo, o G15 5530 novamente se destaca por empatar em desempenho com outros notebooks de configurações um pouco superiores, e geralmente mais caros.

Rodando os testes do UL Procyon de edição de vídeo e imagens com Adobe
Photoshop, Lightroom Classic e Premier Pro, a singela GeForce RTX 4050 de 6 GB fica menos de 50 pontos atrás da RTX 4060 de 8 GB, com 6960 e 5115 pontos. Mais que um novo indicativo de que o modelo possa servir para criadores de conteúdo, isso é um excelente sinal para quem quer apenas jogar.

Profissional

Nos testes profissionais, mais uma vez o 5530 se destaca graças as tecnologias mais novas da GeForce RTX 4050. Mesmo sendo uma GPU de entrada, a arquitetura Ada-Lovelace parece ser bastante superior à Ampere da RTX 3050, que está entre as opções de configurações do G15 na loja da Dell.

Nos testes de Blender e V-RAY, o desempenho da GPU do Dell G15 é quase o dobro do de notebooks com RTX 3050. Apenas nos testes de modelagem avançada do Specviewperf que o resultado é consideravelmente mais modesto, mas ainda surpreende, ficando pouco atrás da 4060 de 8 GB.

O maior problema, de fato, foi no Cinebench 2024, nem tanto pelo desempenho, mas pela impossibilidade de concluir a bateria de testes sem um desligamento por superaquecimento. Vale reforçar que, diferentemente dos benchmarks anteriores, o Cinebench 2024 estressa simultaneamente processador e placa de vídeo, e o gargalo térmico ocorre na CPU.

Naturalmente, isso não significa que o G15 não possa ser utilizado em tarefas de renderização gráfica. No entanto, como o notebook, sem dúvidas, passou por testes internos de qualidade e foi aprovado para o mercado, fica evidente que seu projeto não levou em consideração tarefas tão intensas.

Em resumo, optar pelo 5530 como uma plataforma de trabalho é, sim, uma opção, mas dependendo das aplicações utilizadas e carga de trabalho, ainda é recomendado buscar um modelo mais robusto.

Games

O desempenho em jogos é, realmente, onde o G15 5530 se destaca. Por mais que traga um hardware
relativamente simples, é bem dimensionado para jogos em Full HD (1080p) e taxas de quadros entre até 60 FPS, padrão dos consoles.

Full HD

Como a tela do G15 é apenas Full HD, não realizamos testes em resoluções superiores, mas isso não significa que ele não consiga atingir bons resultados em monitores dedicados. Pela mesma razão também não incluímos nos comparativos os testes utilizando ferramentas de upscaling
.

Isso porque elas são pensadas para escalonar texturas renderizadas nativamente em resoluções mais baixas, para a resolução máxima do sistema, e o desempenho do G15 em Full HD já é bastante satisfatório. Contudo, nada impede que o usuário ative o modo qualidade do DLSS 3.5 com a ferramenta de geração de frames em jogos compatíveis.

Nas configurações máximas, apenas Alan Wake 2
, Formula 1 23
e Metro Exodus
tiveram desempenhos mais distantes dos 60 FPS, mas ainda bastante satisfatórios. Alan Wake 2, inclusive, teve desempenho relativamente próximo entre as configurações mínimas e máximas, com 43 e 32 FPS, respectivamente, sequer justificando não jogar com tudo no máximo.

Vale ressaltar que nossos testes não incluem os efeitos de Ray Tracing, apesar de ser perfeitamente possível ativá-los. Todavia, fazer isso irá, obrigatoriamente, exigir ativar o DLSS para compensar o esforço extra para os efeitos de luz e sombra em tempo real.

Outro jogo que se sai incrivelmente bem no ultra — sem RTX — é Cyberpunk 2077
, entregando uma média de quadros de 59 FPS. Levando em conta que a CD Projekt Red e NVIDIA realizaram uma parceria muito próxima para otimizar o título para o DLSS 3.5 com Frame Generator
, utilizar a tecnologia no jogo sustenta esse desempenho em 60 FPS com RTX ativado, e pode ir bem acima com alguns ajustes pontuais.

Os dois campeões das nossas baterias de teste em games foram Forza Horizon 5
e Shadow of the Tomb Raider
. No ultra, os dois títulos entregaram taxas acima de 90 FPS, mostrando que a RTX 4050 com 6 GB é mais que suficiente para jogar em 1080p, realidade, inclusive, da maioria dos monitores dedicados dos gamers brasileiros.

Concorrentes diretos

Pensando na faixa de preço, o Dell G15 5530 compete com dois principais modelos que já testamos, o Lenovo Legion Slim 5i
e o Avell Storm BS
. Especificamente no caso do Slim 5i, o G15 é um pouco mais complexo de usar em modo portátil, justamente por seu design com cara de workstation móvel.

Ele acaba sendo um pouco mais pesado e menos confortável para jogar em um apoio de colo, por exemplo, mas em termos de ele só perde feio mesmo em Alan Wake 2. Além disso, o modelo da Lenovo
traz uma tela QuadHD um pouco mais vibrante e um software embarcado muito superior ao AWCC.

Já a briga contra o Avell Storm
é bastante diferente. Nos testes sintéticos, os processadores Alder Lake do Avell
e Raptor Lake do G15 são bastante equiparados, exceto por operações multi core. Contudo, isso parece ser mais um efeito da ferramenta automatizada de overclock que ignorar alguns limites de segurança, do que mérito dos i7-13650HX.

Já em jogos, realmente, as RTX 3050 são bem menos competentes em jogos do que a série RTX40. Ao que parece, isso é resultado da arquitetura Ada-Lovelace, bem mais aprimorada, e das novas gerações de núcleos Tensor, CUDA e RT.

Com isso, também faz pouco sentido optar pelo Dell G15 5530 equipado com a GPU da geração passada, já que a queda de desempenho em jogos é tão acentuada.

Vale a pena comprar o Dell G15 5530?

O Dell G15 5530 é um notebook que atua bem na fronteira entre o segmento de entrada e intermediário, mas com preço também nesse mesmo limite. Com bom resultado em games em Full HD, a nova geração dos Dell G15 é extremamente competente naquilo para que foi projetada e oferece uma boa relação custo-benefício, ainda sendo um notebook gamer abaixo dos R$ 10 mil.

Contudo, ainda se trata de um produto de, pelo menos, R$ 8.600 na loja oficial com os descontos que a empresa oferece em seu site, e um pouco mais caro em revendedores autorizados. Sendo assim, é sempre bom manter o G15 no radar na hora de atualizar seu setup gamer, mas existem produtos já intermediários, de fato, mais completos, que com certa frequência entram em promoção por preços similares.

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