Sengundo Hal Bouma, ex-desenvolvedor da Bethesda, o foco do PlayStation 5 Pro não é entregar mais desempenho bruto
para jogos dessa geração. Considerando a atual relação da Sony
com os estúdios, o PS5 Pro foi criado para auxiliar desenvolvedores a implementar melhorias em projetos em andamento, servindo como um dev kit de transição para o PlayStation 6
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O desenvolvedor veterano participou da última edição do podcast Moore’s Law is Dead, onde trouxe a sua percepção sobre o que teria levado a Sony a lançar um console de meio de geração
.
Isso porque, ainda segundo Bouma, o PS5 Pro não oferece tanto desempenho real a ponto de justificar um produto comercial. Contudo, introduzir as ferramentas de upscaling
, por exemplo, exige uma curva de aprendizado, e o novo console é uma alternativa eficiente e relativamente barata de auxiliar desenvolvedores nesse processo.
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Acelerando lançamentos next-gen
Uma das maiores críticas dos gamers durante a janela de lançamento dos consoles atuais foi, justamente, a demora para muitos jogos cross-gen receberem suas versões melhoradas
. Em alguns casos, os upgrades, além de pagos, demoraram mais de um ano para serem lançados.
Ao que tudo indica, a Sony parece ter feito o dever de casa e entendido que isso pode ser prejudicial, nem tanto para os números de vendas, mas para a percepção da marca
. Muito disso está relacionado diretamente aos ciclos de desenvolvimento longos dos jogos modernos, que raramente levam menos de 4 anos para ficarem prontos
.
Além disso, deslocar times para trabalhar em otimizações com novas tecnologias raramente será uma prioridade para os estúdios, especialmente quando isso envolve aprender a lidar com novas ferramentas.
Vale ressaltar que a indústria de games está direcionando seus esforços de desenvolvimento para utilizar ferramentas de IA em até 10 anos
. Sendo assim, é preciso que os desenvolvedores comecem a trabalhar com novas ferramentas o mais rápido possível
.
Dessa forma, lançar um console de meio de geração serve a dois propósitos principais: capitalizar minimamente o investimento nessa ferramenta de transição de desenvolvimento, mas também avaliar em um cenário real o impacto e a recepção dessas novas tecnologias, além de já gerar feedback do que precisa ser melhorado.
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