Uma nova técnica de ressonância magnética cerebral permitiu que cientistas descobrissem padrões de conexão do cérebro comuns em crianças com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)
. Envolvendo mais de 6.000 infantes, o método observou a atividade dos neurônios enquanto os pacientes estavam em repouso, analisados por imageamento de ressonância magnética
funcional (fMRI).
A maioria dos comportamentos humanos é controlada pela comunicação coordenada pelos neurônios em diferentes áreas do cérebro, então é possível descobrir como o órgão orquestra funções complexas ao observar a atividade neuronal em descanso.
Várias condições neurológicas — não só o TDAH
— podem ser melhor compreendidas dessa forma, especialmente ao comparar as tomografias com as de pessoas neurotípicas e buscar padrões. É isso que o presente estudo pretendeu fazer.
–
Baixe nosso aplicativo para iOS
e Android
e acompanhe em seu smartphone as principais notícias de tecnologia em tempo real.
–
Como identificar o cérebro com TDAH?
Entre os problemas que pesquisas acerca do TDAH
enfrentam, há a amostragem pequena e a inconsistência dos métodos, dificultando conclusões mais definitivas. Foi aí que a Universidade de Saúde e Ciência de Oregon decidiu usar bases de dados grandes para analisar imageamentos cerebrais cobrindo áreas maiores do que qualquer estudo. O método foi batizado de “pontuação polineural” (PNRS, na sigla original).
Segundo as conclusões dos cientistas responsáveis, houve uma forte associação entre os padrões de conectividade de todo o cérebro e os sintomas de TDAH
avaliados em dois grupos diferentes.
Com a técnica, os pesquisadores afirmam que é possível analisar e tirar conclusões até de bases de dados menores, podendo identificar mecanismos compartilhados por várias condições neurológicas e psiquiátricas.
Uma das possibilidades que o método permitirá é a de investigar se uma PNRS típica de TDAH também estaria associada a sintomas de depressão ou comorbidades de saúde no geral
. Com cada vez mais diagnósticos do transtorno surgindo, a ciência busca descobrir mais sobre a condição, cuja neurobiologia ainda é pouco conhecida.
Leia a matéria no Canaltech
.
Trending no Canaltech: