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Redes sociais deveriam trazer advertências como o tabaco, diz autoridade de saúde dos EUA

MANDEL NGAN

Vivek Murthy, o principal funcionário de saúde dos Estados Unidos, pediu ao Congresso que aprovasse medidas para plataformas de redes sociais para proteger a saúde mental dos jovens

Mandel NGAN

As plataformas de redes sociais deveriam exibir advertências de saúde como os produtos de tabaco, disse a principal autoridade de saúde dos Estados Unidos nesta segunda-feira (17).

O cirurgião-geral Vivek Murthy afirmou em um artigo publicado no The New York Times que as redes sociais são “um fator importante” na crise generalizada de saúde mental que afeta os jovens.

“É hora” de as autoridades “solicitarem uma mensagem de prevenção às plataformas, para que alertem que as redes sociais estão associadas a danos significativos na saúde mental dos adolescentes”, escreveu.

Murthy disse que passar mais de três horas por dia nas redes sociais dobra o risco de sintomas de ansiedade e depressão em adolescentes, e que o uso diário médio no verão de 2023 foi de quase cinco horas.

Um rótulo de advertência das autoridades, “que exige intervenção do Congresso, lembraria frequentemente aos pais e adolescentes que as redes sociais não são comprovadamente seguras”, acrescentou.

“Há evidências em estudos sobre o tabaco de que mensagens de alerta podem aumentar a conscientização e mudar comportamentos”, disse Murthy, que também se referiu a outras ações tomadas pelo Congresso para prevenir mortes em acidentes de trânsito, como o uso obrigatório do cinto de segurança.

Em 2023, Murthy emitiu um alerta de saúde afirmando que as redes sociais representam um “risco significativo” para as crianças e que 13 anos é uma idade muito jovem para ter acesso aos aplicativos.

O responsável pediu às escolas de todo o país nesta segunda-feira que “garantam que a aprendizagem em sala de aula e os momentos sociais sejam experiências sem telefones”.

Ele também disse que os pais deveriam esperar até o final do ensino médio para permitir que seus filhos usassem as redes sociais e criar “áreas livres de celulares na hora de dormir, nas refeições e nas reuniões sociais”.

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