quinta-feira, 8 de maio de 2025

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Quais Tecnologias estão por trás da eleição de um novo Papa?

VaticanoNews

Cardeal acusado de encobrir abusos é eleito o primeiro papa dos EUA

A eleição de um papa, conhecida como “conclave”, é um processo altamente ritualizado e tradicional, com pouca influência de tecnologias modernas. No entanto, existem alguns sistemas e equipamentos utilizados para garantir a segurança, o sigilo e a comunicação com o público. Algumas etapas e os elementos tecnológicos envolvidos:

1. Isolamento e Segurança da Capela Sistina:

– Bloqueio de Comunicações (Jamming):
Antes do Conclave, a “Capela Sistina” é isolada de qualquer interferência externa. Um sistema de bloqueio de sinais (jamming) é ativado para impedir que os cardeais usem telefones, rádios ou internet, evitando vazamentos.

– Detectores de Dispositivos Eletrônicos:
Equipamentos como detectores de metais e scanners são usados para assegurar que nenhum cardeal leve dispositivos de gravação ou transmissão.

2. O Processo de Votação (Escrutínio Manual):

– Votos em Papel:
A votação é totalmente manual. Cada cardeal escreve seu voto em um pedaço de papel com a frase “Eligo in Summum Pontificem…” (“Eu elejo como Sumo Pontífice…”).

– Urna e Queima dos Votos:
Os votos são depositados em uma urna. Após a contagem, as cédulas são queimadas no fogareiro da Capela Sistina. Se não houver eleição, “palha úmida” é adicionada para produzir “fumaça preta”. Se um papa é eleito, “produtos químicos” (como clorato de potássio, lactose e breu) geram fumaça branca.

3. Tecnologia na Emissão da Fumaça

– Sistema Duplo de Queima (Fogão Antigo + Dispositivo Auxiliar):

Desde 2005, além do fogareiro tradicional, um sistema eletrônico auxiliar é usado para garantir que a fumaça seja claramente visível. Isso evita confusão entre a fumaça preta e branca.

– Análise Química Controlada:
A cor da fumaça é definida por compostos químicos adicionados aos votos, sem uso de tecnologia digital.

4. Comunicação com o Público (Anúncio do Novo Papa):

– Sirene e Sino da Basílica de São Pedro:

Além da fumaça, uma “sirene” é acionada para confirmar a eleição, seguida pelos sinos da basílica.

– Transmissão ao Vivo:
Câmeras da “Rádio Vaticano” e da “TV Centro Televisivo Vaticano” transmitem ao vivo a fumaça e o anúncio do novo papa.

5. Ausência de Votação Eletrônica ou Sistemas Digitais:

– Urnas Convencionais:
O Vaticano não utiliza sistemas digitais para votação.
– Documentação em Papel:
Toda a apuração é feita manualmente, e os registros são arquivados no “Arquivo Secreto do Vaticano”.

A tecnologia no Conclave é usada apenas para segurança e comunicação, não para a votação em si. O processo permanece “tradicional e analógico”, garantindo sigilo e solenidade. A fumaça branca é resultado de um sistema químico controlado, e o anúncio final é feito por meios audiovisuais modernos, mas a essência do ritual mantém-se inalterada desde séculos passados.

Será que o Papado de Robert Francis Pelvot lidará bem com os desafios da Era Digital? Temas como o Transhumanismo, Tecnocentrismo, Neantropia, Neocolonialismo etc merecerão os olhares atentos de seu Pontificado? A adaptação aos novos tempos diante de um mundo cada vez mais disruptivo é urgente, ainda que o rito dos próximos “conclaves” siga analógico na calda longa do tempo futuro.

Que o Pontificado do Papa Leão XIV, seja guiado pela Luz e pela Sabedoria Divinas! Que a Igreja possa sinalizar a continuidade do legado reformista de amor e coragem do Papa Francisco, capaz de abraçar a humanidade em seus desafios e contradições.

Gilberto Lima Junior é Futurista, Humanista Digital, Palestrante TEDx Talks e de outros Palcos Internacionais.
Redes Sociais: @gilbertonamastech

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG

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