quarta-feira, 14 de maio de 2025

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Porque o carro híbrido a etanol pode ser o futuro do Brasil

Paulo Amaral

Porque o carro híbrido a etanol pode ser o futuro do Brasil

Um estudo desenvolvido pela LCA Consultores, a pedido do MBC Brasil, Acordo de Cooperação Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil, elegeu o carro bioelétrico (híbrido a etanol)
como “tábua de salvação” para o segmento automotivo do país.

De acordo com os dados analisados e apresentados durante o seminário Descarbonização – Os Caminhos para a Mobilidade de Baixo Carbono no Brasil
, organizado pelo Grupo Esfera e pelo MBCB em Brasília, os investimentos nesse tipo de propulsor serão responsáveis por um faturamento trilionário na indústria automobilística brasileira.

O estudo Trajetórias Tecnológicas Mais Eficientes para a Descarbonização da Mobilidade
apontou que os carros híbridos a etanol
, ou bioelétricos, poderão reduzir as emissões de carbono em níveis até melhores do que os elétricos e, em paralelo, gerar um faturamento na casa de R$ 7,4 trilhões para a indústria do segmento nos próximos 30 anos.


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De acordo com a análise, enquanto os carros movidos à bateria ( BEVs
) afetam a carreira produtiva com encerramento de postos de trabalho por conta do fim dos motores a combustão, os híbridos
caminham na direção contrária, pois acrescentam novos componentes e não descartam as instalações já existentes.

Bioelétricos x Elétricos

As projeções presentes no estudo mostraram ainda um comparativo entre os cenários que o país terá dependendo do foco escolhido. Segundo a análise, caso os bioelétricos se tornem prioridade, o faturamento das empresas envolvidas na produção aumentaria em R$ 2,4 trilhões nas próximas três décadas. Se a aposta for nos BEVs, porém, as receitas serão R$ 5 trilhões mais baixas.

A principal justificativa para essa diferença de cenários, que pesa favoravelmente aos carros bioelétricos em R$ 7,4 trilhões, está no fato de o Brasil não produzir suas próprias células ou baterias para os carros 100% elétricos.

Além disso, o estudo apontou que a aposta em carros bioelétricos elevaria o PIB brasileiro em R$ 878 bilhões, enquanto o apoio aos BEVs retiraria R$ 1,9 trilhão do Produto Interno Bruto.

As contas mostram ainda que o setor de carros bioelétricos renderia R$ 318 bilhões extras em impostos e 1 milhão de novas vagas de emprego. Por outro lado, diz o estudo, os elétricos puros fariam a arrecadação com impostos ser reduzida em R$ 679 bilhões, além de causar o fechamento de 597 mil postos de trabalho.

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