Desde a última semana, o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil enfrentam uma atípica onda de calor, em uma época do ano que é tradicionalmente conhecida pelas chuvas. No entanto, olhando para o céu, não há nem vestígio de nuvens na maioria das cidades, como é o caso de São Paulo, o que contribui ainda mais para o aumento das temperaturas.
Na maioria das vezes, as nuvens agem como uma espécie de filtro da radiação solar
e ajudam a controlar a temperatura de uma região, como explica Anete Fernandes, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Com o céu excessivamente limpo e azul, a tendência é que o fenômeno da onda de calor se intensifique, já que a incidência é direta.
A função das nuvens
“Quando a gente tem ausência de chuva nesta época do ano, que chamamos de veranico, a ausência de nuvens favorece uma grande incidência de radiação na superfície, que é o que está acontecendo agora. Então, as temperaturas se elevam muito”, explica Fernandes para a Agência Brasil
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Aqui, é preciso pontuar que o veranico
e as ondas de calor não são necessariamente sinônimos. A primeira expressão se refere a um período de calor atípico durante uma estação de ano que não seja o verão. Enquanto isso, a onda de calor
é o período de alguns dias com temperaturas máximas superiores à média usual. Neste momento, os dois fenômenos coincidem.
Até quando vai o calor?
Na previsão da meteorologista, a intensa onda de calor no Brasil ainda deve demorar a passar, especialmente no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Centro-Norte do Paraná. “Toda essa área tende a permanecer com temperaturas elevadas, pelo menos, até a próxima sexta-feira”, afirma Fernandes.
Cabe destacar que, na segunda-feira (13), a atual onda de calor no Brasil gerou um alerta de risco válido para mais de 1,4 mil cidades no país
. Esse alerta ainda é mantido, segundo atualização do Inmet.
Próximas ondas de calor
É possível que os brasileiros enfrentem outras ondas de calor até o final do ano. “Como estamos em ano de El Niño [e que se estende até 2024]
, e a irregularidade na estação chuvosa é uma característica, podemos, sim, ter outras ondas de calor”, afirma a especialista. A boa notícia é que, no momento, “não há perspectiva de uma outra tão cedo”, completa.
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