sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

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Poluição Eletromagnética

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Poluição Eletromagnética

Os problemas originados pela utilização excessiva de Telas nos dão a convicção do quanto precisamos desconectar ao máximo e buscar na conexão com a natureza, nossa tranquilização e cura dos excessos emocionais e comprometimentos da saúde mental, em decorrência da hiperconectividade. Sem dizer a importância clara de apoios terapêuticos quando o grau de dependência envolve “nomofobia”, prejuízos profissionais, sociais e/ou profissionais.

Não bastasse a infinidade de dispositivos com telas, a onda “wireless” se espalha mais rápidamente a cada dia, sobretudo nos chamados Wereables (tecnologias vestíveis), como: relógios, fones de ouvido, óculos, anéis etc.

Estudos da “National Institutes of Health” ( https://www.nih.gov)
, alertam sobre os efeitos do “WiFi” na casa, especialmente no período noturno
. Segundo informa o Movimento Slowphone, esses estudos indicam que radiação dos dispositivos eletrônicos, afeta o cérebro e a qualidade do sono profundo. Afirmam ainda, que a exposição prolongada a radiação emitida pelo “Wi Fi”, estimula a produção do cortisol, hormônio do stress, impactando a qualidade do sono, o bom funcionamento da memória e, por consequência, potencializando a  dificuldade de aprendizado.

Como lidar com a Poluição Eletromagnética? Dicas práticas:

·       Sempre que possível utilize roteadores de internet a cabo, ao invés de Wireless;

·       Na hora de dormir, desligue o Wi Fi da casa, afinal qual é a lógica de manter ativado se ninguêm vai utilizá-lo?;

·       Jamais leve o celular para o quarto, nem mesmo para carregar a bateria; Se vai mantê-lo no banheiro ou em outro lugar, que seja bem longe da sua cama e no “modo avião”;

·       Compre um despertador analógico, aquele de ponteiro, que seja silencioso e com um botão de luz para você enxergar as horas;

·       Mantenha o cellular em ”modo avião”, sempre que não estiver utilizando seu aparelho;

·       Desmame de telas pelo menos 1h antes de ir dormir, por conta dos efeitos neurológicos do fundo azul da Tela;

·       Evite os Wereables (tecnologias vestíveis) que utilizam “wireless”. Dê preferência a fios e cabos, por mais estranho e antiquado que isso possa parecer;

Eu sei que a praticidade dos “Gadgets” baseados na tecnologia “wireless”, são muito sedutores, sinõnimos de praticidade e modernidade, como: fones de ouvido, relógios inteligentes, anéis, óculos etc. Porém saber dosar, equilibrar, reduzir os efeitos das radiações é absolutamente importante e está ao alcance da decisão de cada um de nós. Já estamos por demais expostos a radiações eletromagnéticas sobre as quais não temos muito controle ou forma de evitar. É o caso das milhares de antenas de telecomunicações, roteadores, replicadores de sinais e outros equipamentos da infraestrutura de telcomunicações, constantemente nos  bombardeando e gerando a intoxicação tecnológica, principalmente nos centros urbanos.

Para melhor compreensão dos efeitos da poluição eletromagnética e como evitá-los, entrevistei os fundadores e dirigentes do Movimento, Slowphone no Brasil, Fabiano Lauser, diretor e cofundador desde 2020, junto com Aline Gonçalves. Participou também dessa entrevista, a Joyce Maron, colaboradora e ativista desse Movimento no Distrito Federal.

Celular
Reprodução / shutterstock

Celular

O Slowphone integra a rede latino-americana LATAMXTS e mantém parcerias com organizações internacionais, como o “Environmental Health Trust” (EUA), “Europeans for Safe Connections” (Europa), “Ma Vie en Mode Avion” (Bélgica), entre outras.

Eles também representam no Brasil, o projeto Cidadãos Cientistas, idealizado pela pesquisadora canadense Dra. Magda Havas, no qual cidadãos realizam medições de campos eletromagnéticos em suas cidades, seguindo uma metodologia padronizada. Os dados coletados são inseridos em um sistema de mapa, classificando os níveis de radiação do mundo todo.

Ficou claro em nosso bate-papo por ocasião da visita do Fábio a Brasília e agora nessa entrevista, que segue abaixo, a importância do tema. A expansão do Movimento por diversas cidades brasileiras, demonstra que a cada dia mais pessoas estão a preocupar-se e a conscientizar-se da Importância de se cuidarem, de se desintoxicarem dos impactos constantes advindos da utilização dos dispositivos eletrônicos.  A motivação é tal que estão produzindo um documentário sobre a “Poluição Eletromagnética”, ainda sem data prevista para o lançamento.

7 Perguntas sobre Poluição Eletromagnética e como lidar com ela:

1. O que é o Slowphone e qual é o seu alcance (nacional, internacional)?

Criado em 2020, o Slowphone é uma organização dedicada a promover o uso saudável das tecnologias. Somos referência no Brasil em divulgação científica de estudos sobre Poluição Eletromagnética, através de campanhas educativas, projetos de medições de campos eletromagnéticos e ações que buscam reduzir os impactos das tecnologias sem fio na saúde humana e no meio ambiente.

O Slowphone integra a rede latino-americana LATAMXTS e mantém parcerias com organizações internacionais, como o Environmental Health Trust (EUA), Europeans for Safe Connections (Europa), Ma Vie en Mode Avion (Bélgica), entre outras. Atualmente, estamos produzindo um documentário sobre Poluição Eletromagnética.

Também representamos, no Brasil, o projeto Cidadãos Cientistas, idealizado pela pesquisadora canadense Dra. Magda Havas, no qual cidadãos realizam medições de campos eletromagnéticos em suas cidades, seguindo uma metodologia padronizada. Os dados coletados são inseridos em um sistema de mapa, classificando os níveis de radiação do mundo todo.Parte superior do formulário

Efeitos da Contaminação Digital
Internet

Efeitos da Contaminação Digital

2.    De que forma a intoxicação eletrônica pode afetar os usuários de celular?

A radiação emitida pelos celulares é de radiofrequência, na faixa das micro-ondas. Em 2011, a OMS classificou a radiofrequência como grupo 2B (possivelmente cancerígena), devido à consistência das evidências sobre o aumento do risco de câncer, especialmente o neuroglioma. Diversos danos à saúde já foram comprovados, e algumas das evidências científicas podem ser acessadas nos sites EMF Portal (  https://www.emf-portal.org/en), BioInitiative ( https://bioinitiative.org/)  e Environmental Health Trust ( https://ehtrust.org/)

Entre os problemas relacionados, destacam-se o estresse oxidativo, distúrbios neurológicos, cardíacos, imunológicos, redução da melatonina, dificuldades de concentração, irritabilidade, fadiga, zumbidos, perda de memória recente, liberação de radicais livres e problemas reprodutivos (como diminuição da contagem e motilidade dos espermatozoides, além da fertilidade em homens e mulheres). Além disso, a exposição à radiação está associada ao vício em telas, distúrbios no sono devido à luz azul e até ao Alzheimer, inclusive em crianças. As evidências sobre os impactos na saúde são diversas e preocupantes.

3. Qual é a diferença nos limites de emissão de frequências permitidos pelos Reguladores nos EUA, Europa e Brasil?

Alguns países europeus, como Bélgica, Suíça e Áustria (Salzburgo), adotam limites mais protetivos, com a Itália estabelecendo o limite mais baixo, de 100.000 µW/m². Contudo, a maioria dos países segue o limite proposto pelo ICNIRP, que é defasado, pois se baseia em estudos antigos sobre efeitos térmicos e não leva em consideração os efeitos biológicos das radiações. Esse limite varia de 4.500.000 µW/m² a 10.000.000 µW/m².

Evidências sugerem que problemas de saúde podem surgir com exposições bem abaixo desses valores, e que qualquer nível acima de 10 µW/m² já representa um risco, dependendo do tempo de exposição. Tanto os Estados Unidos quanto o Brasil permitem limites extremamente elevados. O ICNIRP, focado em radiações não-ionizantes, é uma organização que acreditamos ter sérios conflitos de interesse com a indústria de telecomunicações, e seus limites não são suficientes para garantir nossa proteção.

 4. Estamos mais sujeitos a intoxicação eletrônica por aqui do que nos países desenvolvidos. Que efeitos na saúde o uso de celular, de equipamentos sem fio podem provocar?

Pelos nossos estudos e observação, os usuários de aparelhos e dispositivos sem fio em países subdesenvolvidos e desenvolvidos, não modifica muito. Não há muita diferença quanto à exposição. Até porque nem todos os países desenvolvidos têm limites mais protetivos. Como anteriormente mencionado, a Itália tem um limite mais protetivo e está sendo duramente desafiada pela indústria da telecomunicação; Bruxelas, Suíça, Salzburgo (Áustria) e algumas regiões do leste europeu. Mas grande parte dos países da Europa têm limites tão altos quanto os dos EUA e BR.

5. Quantos Hertz emitem o fone de ouvido sem fio, o celular, os relógios inteligentes e quais são os efeitos na saúde?

Os dispositivos mencionados, como fones de ouvido sem fio, celulares e relógios inteligentes, emitem radiação na faixa de 2,4 GHz, que é uma frequência comum para tecnologias como Bluetooth e Wi-Fi. A potência da radiação emitida, medida em µW/m², varia e precisa ser medida especificamente em cada caso, pois depende de vários fatores, como distância e intensidade do sinal.

Fones de ouvido sem fio: A maioria dos fones de ouvido sem fio opera na faixa de 2,4 GHz. Embora a radiação emitida seja de baixa intensidade, o uso contínuo próximo ao corpo pode gerar preocupações a longo prazo. A exposição constante a essa frequência pode contribuir para problemas de saúde, como estresse oxidativo, distúrbios neurológicos, problemas cardíacos e reprodutivos, entre outros efeitos.

Celulares: Os celulares também operam em frequências semelhantes, como 2,4 GHz para funções como Wi-Fi e Bluetooth, além de outras frequências para comunicação móvel. A exposição prolongada à radiação de radiofrequência dos celulares, especialmente quando mantidos próximos ao corpo, pode aumentar o risco de problemas de saúde, como alterações no sistema nervoso, diminuição da fertilidade, distúrbios do sono e aumento do risco de câncer, como o neuroglioma.

Relógios inteligentes: Como os fones de ouvido e os celulares, os relógios inteligentes utilizam Bluetooth (geralmente na faixa de 2,4 GHz) e, em muitos casos, também Wi-Fi, que pode operar em 2,4 GHz ou 5 GHz. Para minimizar os riscos, recomendamos que os usuários desliguem a função Bluetooth quando não for necessária, pois isso pode reduzir a exposição à radiação.

Os efeitos à saúde associados a essas tecnologias podem se acumular ao longo dos anos, com riscos mais significativos sendo observados com o uso prolongado e constante. Embora uma única exposição não seja suficiente para causar danos imediatos, a exposição contínua ao longo do tempo pode ter efeitos cumulativos, afetando a saúde de forma gradual.

Por isso, recomendamos o uso de fones com fio, quando possível, ou fones de tubo de ar, que são considerados mais seguros. Se o uso de fones sem fio for inevitável, a opção menos prejudicial é usar o dispositivo no viva-voz, mantendo-o mais afastado do corpo.

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Claudio Yuge

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6. As antenas 5G são de fato perigosas para seres humanos e aves?

Sim, o 5G pode afetar não apenas seres humanos e aves, mas também insetos. Em algumas faixas de frequência, o 5G é ligeiramente mais alto que o 4G. Muitas pessoas não sabem que o 5G utiliza várias faixas de frequência. Embora tenha uma potência alta, seu alcance é menor, o que significa que antenas 5G podem ser perigosas em áreas de 500 a 600 metros. Por isso, muitas cidades estão pedindo uma moratória do 5G.

A maioria das pessoas não precisa de maior velocidade ou capacidade de dados, já estando bem atendida com o 4G. Lançar uma tecnologia não testada quanto à segurança, sem a devida autorização, invade nossas casas e é uma grande irresponsabilidade. No setor farmacêutico, medicamentos são testados quanto à segurança antes de serem comercializados, mas o 5G foi lançado sem garantir que fosse isento de danos biológicos. A mentalidade predominante é de que, se não há aquecimento significativo, a radiação é segura, o que é um erro. O problema não é o aquecimento, mas a complexidade da radiação interagindo com o organismo, mesmo em níveis muito baixos.

Algumas cidades da Argentina já conseguiram a moratória do 5G, e recomendamos que essa medida seja adotada em outras regiões, para que mais estudos sejam feitos. Nem o 3G nem o 4G têm garantias de segurança, e ainda assim já introduziram uma nova geração para atender a mais dispositivos, forçando a obsolescência dos aparelhos e trocas constantes, o que favorece a indústria de telecomunicações.

Sugerimos apoiar empresas como a Fairphone, uma marca holandesa certificada como B Corp, que fabrica celulares duráveis e segue práticas de comércio justo. Embora não seja perfeita, a Fairphone se destaca por sua abordagem mais consciente em relação à saúde e sustentabilidade, além de estar alinhada às regulamentações da União Europeia. Portanto, apoiamos a moratória do 5G e empresas mais responsáveis em relação à saúde e ao comércio.

Integração com a Natureza
Internet

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7. Quais são as dicas práticas para uma Vida mais saudável e menos dependente dos eletrônicos?

Há várias medidas que podem ser adotadas para reduzir a exposição à radiação e os impactos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos. A principal delas é lembrar e aplicar a frase: “A distância é nossa amiga e o tempo, nosso inimigo”. Ou seja, quanto mais distantes e por menos tempo ficamos expostos às fontes de radiação, mais seguros estamos.

No caso do celular, uma medida essencial é utilizá-lo em Modo Avião, especialmente quando estiver próximo ao corpo, garantindo que Bluetooth, Wi-Fi e dados móveis estejam realmente desligados.

Sempre que possível, prefira internet cabeada (inclusive é possível usar o celular de forma cabeada, além do computador). Caso não seja viável, desligue o Wi-Fi à noite para reduzir a radiação. Outra dica importante é desligar o celular enquanto dorme. Evite o uso de aparelhos que emitem Bluetooth e Wi-Fi sempre que possível.

Uma boa estratégia é organizar o celular: coloque os aplicativos mais viciantes na última tela e defina a tela em escala de cinza, já que as cores estimulam o uso. Redobre a atenção com crianças, bebês e gestantes, evitando ao máximo a proximidade de aparelhos wireless. Se precisar dar um smartphone a uma criança, o ideal é que tenha pelo menos 14 anos, e somente aos 16 anos liberar o acesso às redes sociais.

Estimule atividades ao ar livre, esportes e procure reduzir o uso do celular. Como cidadãos, podemos também exigir a regulação das plataformas digitais, para que seus algoritmos sejam transparentes e padrões viciantes (dark patterns) sejam identificados e proibidos. Defendemos a responsabilização das plataformas sociais pelos danos causados aos usuários.

Além disso, podemos buscar limites de radiação mais baixos em nossa cidade ou país. O Slowphone recomenda 100 µW/m², muito abaixo do limite atual. É fundamental divulgar o problema da radiação eletromagnética de forma científica e baseada em evidências.

Por fim, práticas como caminhadas diárias (30 minutos) descalço ajudam a reduzir os efeitos da poluição eletromagnética na saúde. Quanto maior a exposição à radiação, maior deve ser o tempo de aterramento (grounding). Alternativamente, um banho de lagoa, rio ou mar pode ter efeitos semelhantes.

O Movimento Slowphone mantém informações, orientações e notícias relativos as suas atuações, nas redes sociais: @slowphone.brasil .

Gilberto Lima Junior é Palestrante Internacional, Membro do Conselho de Empresas e Organizações, Futurista e Humanista Digital. Contato para demandas Corporativas, podem ser tratadas nos perfis:

Linkedin: Gilberto Lima Junior

Demais Redes: @gilbertonamastech

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