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Placa de circuito impresso reciclável vira gel ao se degradar

Nathan Vieira

Placa de circuito impresso reciclável vira gel ao se degradar

A nova aposta para reduzir os danos ao meio ambiente tem sido o circuito impresso reciclável e biodegradável
. É o caso da nova produção da University of Washington anunciada na última sexta-feira (26) em um artigo na Nature Sustainability:
o material desenvolvido se transforma em uma espécie de gel ao se degradar.

A grande problemática do circuito impresso (PCB) é que seu fim costuma ser no aterro sanitário, com seus produtos químicos infiltrados no meio ambiente, ou pior ainda: a queima para extração de ouro e cobre. que pode ser tóxica para o ambiente e para as pessoas em si.

O novo circuito impresso promete desempenho equivalente ao dos materiais tradicionais, com o bônus de ser reciclado com perda insignificante de material.


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Ou seja: quando você recicla, quase não há perda de materiais importantes, como o cobre e a fibra de vidro, que são essenciais para fazer novos circuitos. Então dá para reutilizar os materiais e evitar desperdício.

Circuito impresso reciclável

Para criar esse circuito impresso reciclável, os pesquisadores usaram um solvente que transforma um tipo de vitrímero (um tipo especial de material plástico cujas moléculas podem se rearranjar e formar novas ligações químicas quando expostas ao calor) em uma substância gelatinosa.

O processo acontece sem danificá-la, permitindo que os componentes sólidos sejam retirados para reutilização ou reciclagem.

Então a geleia de vitrímero pode então ser usada repetidamente para fazer PCBs novos e de alta qualidade, ao contrário dos plásticos convencionais que se degradam significativamente a cada reciclagem.

Segundo um dos autores, Vikram Iyer, os PCBs constituem uma grande fração da massa e do volume do lixo eletrônico. “Eles são construídos para serem à prova de fogo e de produtos químicos, o que é ótimo em termos de torná-los muito robustos. Mas isso também os torna basicamente impossíveis de reciclar”, diz o pesquisador em um comunicado da universidade.

“Criamos uma nova formulação de material que possui propriedades elétricas comparáveis ​​às PCBs convencionais, bem como um processo para reciclá-los repetidamente”, explica o professor.

Para reciclar o material, os autores mergulharam em um solvente orgânico com ponto de ebulição baixo, o que inchou sem danificar as folhas de vidro e os componentes eletrônicos.

Impacto ambiental

A equipe analisou o impacto ambiental e descobriu que esse material reciclado poderiam implicar em uma redução de 48% no potencial de aquecimento global
em comparação com os tradicionais.

Mas ainda existe um obstáculo para a reciclagem em escala: a criação de sistemas e incentivos para coletar lixo eletrônico para que possa ser reciclado.

Mesmo assim, podemos considerar que esse circuito impresso reciclável representa um avanço significativo em direção à sustentabilidade e à redução do impacto ambiental da indústria eletrônica. Os pesquisadores prometem uma economia circular mais eficiente e sustentável, contribuindo para a conservação dos recursos naturais.

Leia a matéria no Canaltech
.

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