Mais de uma década após seu encerramento oficial, o Orkut voltou a atrair os holofotes. A movimentação começou quando o domínio orkut.com foi reativado em 2022 e passou a exibir uma mensagem assinada por Orkut Büyükkökten, engenheiro turco e criador da plataforma. Desde então, rumores e especulações sobre uma possível volta da rede social vêm agitando a internet.

Na mensagem publicada no site oficial, Büyükkökten afirma estar trabalhando para trazer de volta o que fez do Orkut um dos ambientes digitais mais populares da história recente. O desenvolvedor diz acreditar em redes sociais “mais humanas” e propõe um espaço que promova gentileza, empatia e amizade — características que, segundo ele, foram deixadas de lado pelas grandes plataformas atuais.

Durante a Rio Innovation Week em 2024, Büyükkökten destacou que a plataforma visa criar um ambiente digital com interações genuínas, minimizando influências comerciais. A iniciativa promete resgatar a essência original das redes sociais, priorizando conexões reais em vez da monetização de dados dos usuários.

O criador do Orkut também destacou que sua nova plataforma irá priorizar a proteção de dados pessoais e combater ativamente a desinformação e o discurso de ódio, embora detalhes técnicos sobre o projeto ainda não tenham sido divulgados.

O que esperar do retorno do Orkut?

Apesar da empolgação de antigos usuários e da repercussão nas redes sociais com um possível retorno em 2025 , a volta do Orkut ainda não foi confirmada oficialmente. O site, por enquanto, funciona apenas como um canal de inscrição para interessados em receber atualizações — uma espécie de newsletter que sinaliza planos em desenvolvimento, mas sem informações técnicas ou cronogramas definidos.

A proposta central desta nova fase da plataforma consiste em oferecer uma alternativa ao modelo vigente de redes sociais, atualmente dominado por excessiva publicidade e métricas de engajamento, como observado em plataformas como o Facebook e Instagram. 

Um legado de nostalgia

Lançado em 2004, o Orkut marcou uma geração, chegando a 300 milhões de usuários em todo o mundo — com o Brasil sendo destaque. Essa conexão afetiva única posiciona a rede como símbolo de uma internet mais amigável, em que as comunidades — e não os algoritmos — guiavam os laços sociais.

Com recursos como comunidades temáticas, depoimentos, scraps e um foco em relações pessoais, o site se destacou até ser superado pelo Facebook, o que levou ao seu encerramento em 2014, quando ainda era administrado pelo Google.