A General Motors está comprometida com o futuro da indústria automotiva no Brasil. Foi isso o que a alta cúpula da GM assegurou durante o encontro com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na última quarta-feira (24).
A reunião que selou a promessa de R$ 7 bilhões em investimentos no setor pelos próximos quatro anos (até 2028) contou com as presenças de Shilpan Amin, presidente internacional da GM; Santiago Chamorro, principal executivo da montadora na América do Sul; Fábio Rua, vice-presidente para a região; e outros membros do alto escalão do Governo Federal.
Hoje conversei com o presidente da General Motors International, Shilpan Amin, e o presidente da empresa para a América do Sul, Santiago Chamorro sobre a primeira fase do novo plano de investimentos da empresa no Brasil, no valor de R$ 7 bilhões até 2028. Esses investimentos vêm… pic.twitter.com/LoI7tvVyqE
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–— Lula (@LulaOficial) January 24, 2024
O destino exato dos R$ 7 bilhões separados pela GM para o setor automotivo do Brasil não foi divulgado de forma oficial, mas em sua conta na X (antigo Twitter), o presidente da República celebrou o compromisso firmado com a montadora estadunidense e deu um pequeno spoiler sobre um dos segmentos que receberão atenção.
“Esses investimentos vêm em boa hora, com a retomada do crescimento econômico brasileiro com programas como o Novo PAC e a Nova Política Industrial. Reindustrialização e compromisso com o desenvolvimento sustentável. São investimentos no futuro do Brasil e na transição para carros mais modernos e menos poluentes. Vão fortalecer a reindustrialização com foco na sustentabilidade, geração de novos empregos e melhoria de vida dos brasileiros”.
GM reforça aposta em elétricos
Apesar de não ter falado abertamente sobre qual o destino do investimento de R$ 7 bi que fará no Brasil, os executivos da GM confirmaram que o segmento de carros elétricos é uma das prioridades da montadora
. E não esconderam que o Brasil tem um papel fundamental para o crescimento global da marca no setor.
Em coletiva de imprensa, Santiago Chamorro afirmou que o Brasil tem um “potencial muito forte” para veículos elétricos, principalmente por ser rico em minérios para fabricação de baterias. O presidente da GM na América do Sul desconversou, porém, sobre o lançamento de um carro elétrico nacional.
Shilpan Amin, por sua vez, assegurou que o Brasil é “estratégico para o plano global de expansão de negócios da GM”. Segundo o presidente internacional da montadora, o mercado verde-amarelo tem amplo potencial de crescimento e, além disso, “é um importante polo exportador para a América do Sul”.
Entre os carros elétricos prometidos
para o mercado brasileiro, que já conta com o Bolt
e com o Bolt EUV
, ambos importados, estão os SUVs Blazer
, Equinox
e, talvez, a picape Silverado
.
GM vai investir em renovação da linha atual
Além de um aporte substancial no segmento de carros elétricos, a GM também deve investir parte dos R$ 7 bilhões na modernização do atual portfólio disponível no Brasil. A ideia é que ao menos seis novos modelos sejam apresentados ainda em 2024.
Os executivos da montadora não citaram nominalmente nenhum carro que será contemplado com a atualização de linha ou troca de geração, mas confirmaram que todos os modelos à venda no Brasil, incluindo Montana
, Onix
e S10
, passarão por “alguma mudança” até 2028.
Uma das novidades da GM para o mercado brasileiro em 2024, aliás, já está confirmada. A montadora divulgou as primeiras imagens oficiais da reestilização do Spin, e revelou que o modelo fará sua primeira aparição pública durante o Big Brother Brasil
, reality show que patrocina, no próximo mês de março.
Santiago Chamorro, principal executivo da montadora na América do Sul, saiu do encontro com a certeza de que o caminho escolhido é o mais correto. Segundo o presidente, “este será o período de maior transformação da GM no Brasil”.
“As mudanças são necessárias em virtude das atuais demandas da sociedade e dos consumidores. Estamos trabalhando junto aos nossos colaboradores, concessionários, fornecedores e outros parceiros do negócio para liderar este movimento”, concluiu.
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