domingo, 22 de dezembro de 2024

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O que é ChromeOS?

O que é ChromeOS?Felipe Demartini

O ChromeOS é um sistema operacional Linux desenvolvido pelo Google, inspirado no navegador Google Chrome e baseado na nuvem (funcionando essencialmente online). A plataforma funciona bem em notebooks com configurações leves e preços baixos, o que o torna ideal para tarefas mais simples como escrever, acessar a rede, consumir entretenimento via streaming ou estudar.

Que apps rodam no ChromeOS?

Basicamente, todo aplicativo que funciona no browser do Google é capaz de rodar no sistema operacional, já que o marketplace de extensões de ambos é o mesmo, a Chrome Web Store.

Isso inclui aplicações web progressivas, como as plataformas de produtividade Google Docs e Microsoft 365, e as extensões do próprio navegador, que adicionam recursos adicionais. A partir de 2016, os Chromebooks (notebooks que rodam ChromeOS) também se tornaram capazes de rodar apps de Android a partir da Google Play Store e, em 2018, foi adicionado o suporte limitado a softwares do Linux por meio de uma máquina virtual.

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Os Chromebooks também têm players de mídia, gerenciadores de arquivos e ferramentas de acesso remoto integradas, com a mistura de todos esses aspectos resultando em uma solução fácil de usar e que já vem “pronta”, bastando que o usuário faça login com uma conta do Google para começar a usar. O suporte também se estende a periféricos como teclados, mouses, monitores, HDs externos e até mesas digitalizadoras.

O ChromeOS só funciona online?

Como o grande foco dos Chromebooks está nas aplicações web e baseadas na nuvem, e sua própria arquitetura tem um navegador como base, a maioria dos recursos do sistema pode não funcionar sem internet. Entretanto, não é como se as máquinas se tornassem inúteis sem a conexão, já que outras funções básicas podem funcionar.

Isso inclui, por exemplo, o acesso a arquivos de mídia que tenham sido baixados para o dispositivo, games sem modo multiplayer ou serviços online e softwares de produtividade, que podem ser usados para editar documentos localmente. Sem a conexão, claro, recursos de colaboração e sincronização não ficam disponíveis, enquanto os arquivos serão atualizados na próxima vez que o computador estiver conectado.

Com internet disponível, o Chromebook passa a ter acesso a centenas de softwares e serviços online. Basicamente, tudo o que pode ser acessado através do navegador em um computador comum também funciona nos dispositivos, enquanto extensões e apps dedicados ampliam ainda mais essas funcionalidades ou trazem um suporte melhor para as particularidades da plataforma.

O ChromeOS tem código aberto?

Apesar de ter o Linux como base, o ChromeOS não é necessariamente um sistema de código aberto, já que seu desenvolvimento é gerenciado apenas pelo Google. A empresa libera a plataforma para instalação nos dispositivos parceiros, que recebem o nome de Chromebooks e têm Acer e Samsung como os principais nomes do mercado.

Essa situação de exclusividade durou até 2022, quando o Google lançou o ChromeOS Flex. A versão, apesar de ainda ser gerenciada diretamente pela gigante, pode ser instalada em qualquer computador que atenda às especificações do sistema para substituir o Windows ou o Linux, por exemplo.

Apesar de a plataforma não receber suporte direto da comunidade, ela também possui uma alternativa open source. É o ChromiumOS, sistema operacional que tem a base do navegador, o Chromium, como elemento central e foi inicialmente desenvolvido pela Canonical (dona do Ubuntu), antes de passar pelas mãos da equipe do Gentoo Linux e se tornar plenamente aberto.

Outros dispositivos também podem rodar ChromeOS

O grande foco do Google com o sistema operacional, como dito, está nos computadores de baixo custo, usados principalmente no mercado corporativo ou por estudantes. Porém, ao longo dos anos e com o desenvolvimento da plataforma, novas opções e possibilidades se abriram, de olho principalmente na versatilidade e leveza da tecnologia.

Em 2014, a LG lançou o primeiro Chromebase, um all-in-one rodando ChromeOS. No ano seguinte, a Asus deu início à leva dos Chromebits, minicomputadores do tamanho de um pendrive que podem ser conectados a um monitor ou TV por meio de saída HDMI. Em 2018, foi a vez da introdução dos primeiros tablets com o sistema operacional, em uma tentativa de rivalizar com o iPad, da Apple.

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