“Não temos um planeta B, mas talvez estejamos agindo como se tivéssemos”. A frase é da Glaucimar Peticov no mais recente episódio do Inteligência Orgânica — e poderia muito bem ser uma bandeira para o nosso tempo.
Nessa conversa que atravessa mercado financeiro, transformação digital, inteligência emocional e os dilemas da longevidade, Glaucimar oferece o raro equilíbrio entre lucidez e esperança. Falamos sobre como o discurso do “otimismo tecnológico” às vezes mascara uma precarização crescente — e como empresas que realmente valorizam as pessoas precisam investir em trilhas de educação contínua, com mais escuta do que imposição.
Ela conta como liderou a implantação de uma universidade corporativa no Bradesco, não como ferramenta de retenção, mas como estratégia de empoderamento. Questionamos o modelo da “velha educação bancária” e refletimos sobre o medo, ainda presente em muitos líderes, de que uma equipe com pensamento crítico seja menos obediente. E é mesmo. Mas talvez seja exatamente isso que o mundo exige agora.
Glaucimar não fugiu das perguntas difíceis. Falamos da explosão dos jogos de aposta, da hipocrisia moral nas comunicações de massa, do conservadorismo crescente e de como ainda é necessário defender o óbvio: mulheres podem ocupar qualquer cargo — inclusive o de CEO.
Mais do que uma executiva, ela é uma articuladora de cultura. E deixa uma provocação para quem ainda insiste em engessar o futuro: “Empresas são feitas de pessoas. A cultura de uma organização não é uma foto. É um filme. E a gente precisa assumir a direção desse roteiro”.
O episódio já está no ar no YouTube e nas plataformas de áudio.
Vamos continuar esse diálogo — antes que seja tarde.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG