sexta-feira, 4 de julho de 2025

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O Futuro da Comida

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O Futuro dos Jetsons chegou

Como Será a Comida no Futuro?
Tecnologia, Sustentabilidade e os Novos Caminhos da Alimentação
O Cenário Global da Alimentação Hoje
O Contraste – Vivemos em um mundo de contrastes alimentares extremos. Enquanto sociedades economicamente desenvolvidas enfrentam epidemias de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares devido ao consumo excessivo de alimentos ultraprocessados — como embutidos, enlatados e refrigerantes —, mais de 800 milhões de pessoas passam fome diariamente, segundo relatórios da ONU 26.

Nos países ricos,  40% dos adultos estão acima do peso, e a má nutrição relacionada a dietas industrializadas é responsável por 11 milhões de mortes prematuras por ano.  Por outro lado, em regiões como o Sudão, a Faixa de Gaza e o Haiti, a fome atinge níveis catastróficos, com  1,9 milhão de pessoas em situação de desnutrição aguda .

Diante desse cenário, surge a pergunta:  Como será a comida no futuro? A resposta está na interseção entre tecnologia, sustentabilidade e mudança de hábitos. Novas soluções — como  carnes cultivadas em laboratório, fazendas verticais, impressão 3D de alimentos e a expansão de dietas veganas  — estão transformando a forma como produzimos e consumimos alimentos.

Neste artigo, eu te aponto algumas dessas tendências, seus líderes globais e os impactos que trarão para a economia brasileira, um dos maiores produtores de alimentos do mundo.

Carne de Laboratório
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Carne de Laboratório

Carnes Cultivadas em Laboratório: O Fim do Abate Animal e dos Frigoríficos? O Que São e Como Funcionam?
A carne cultivada, também conhecida como carne de laboratório ou carne celular, é produzida a partir de células-tronco de animais, cultivadas em biorreatores. Esse método elimina a necessidade de criação e abate de gado, reduzindo drasticamente o impacto ambiental da pecuária — responsável por 14,5% das emissões globais de gases de efeito estufa. Acrescento a redução gigantesca no consumo de água, visto que a estimativa atual aponta que para cada Kg de carne se consome 1.000 litros de água. A redução na emissão de milhões de toneladas de degetos animais nos lençóis freáticos, entre outros benefícios que essa tecnologia pode gerar de forma instantânea.

Líderes Globais e Cases de Sucesso
Eat Just(EUA/Cingapura): Primeira empresa a comercializar carne cultivada em restaurantes de Cingapura em 2020.
Mosa Meat(Holanda): Pioneira na criação do primeiro hambúrguer cultivado em 2013.
Aleph Farms(Israel): Desenvolveu até mesmo bife cultivado com estrutura fibrosa semelhante à carne tradicional.
Impacto na Economia Brasileira
O Brasil, maior exportador de carne bovina do mundo, pode enfrentar desafios e oportunidades. Se, por um lado, a carne cultivada pode reduzir a demanda por carne convencional, por outro, o país tem potencial para se tornar um hub de produção de proteínas alternativas, investindo em biotecnologia e parcerias com foodtechs . Empresas como JBS já estão se movendo nessa direção e prevêm a entrada nesse segmento em suas operações no Brasil e no Canadá.

Fazendas Verticais
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Fazendas Verticais

Fazendas Verticais: Agricultura em Edifícios
O Que São e Como Funcionam?
Fazendas verticais são sistemas de cultivo em camadas, geralmente em ambientes urbanos, usando hidroponia (sem solo) e iluminação LED. Elas consomem 90% menos água que a agricultura tradicional e não dependem de pesticidas  ou seja, trata-se de alimento orgânico. Do ponto de vista da capacidade produtiva, estima-se que a produção “in door” com o apoio de sensores, IAs e outras automações é capaz de colher até 250 vezes mais alimentos do que no formato tradicional da produção a céu aberto sob a dependência das condições climáticas.

Líderes Globais e Cases de Sucesso
AeroFarms(EUA): Uma das maiores fazendas verticais do mundo, produzindo folhosas em Nova Jersey.
Sky Greens(Singapura): Primeira fazenda vertical comercial, reduzindo a dependência de importações em um país com pouca terra arável.
Plenty(EUA): Utiliza inteligência artificial para otimizar o crescimento de vegetais em armazéns urbanos.
Impacto na Economia Brasileira
O Brasil tem grande potencial para adotar fazendas verticais, especialmente em megacidades como São Paulo e Rio de Janeiro, onde o acesso a hortaliças frescas é limitado. Isso pode reduzir o desperdício (hoje em 30% dos alimentos) e diminuir a pressão sobre o desmatamento.

Impressão 3D de Alimentos
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Impressão 3D de Alimentos

Impressão 3D de Alimentos: Personalização Nutricional
O Que É e Como Funciona?
A impressão 3D de alimentos permite criar comidas com formatos e nutrientes personalizados, usando “tintas” feitas de purês, proteínas vegetais ou até insetos. Essa tecnologia é especialmente útil para idosos, atletas e pessoas com restrições alimentares.

Líderes Globais e Cases de Sucesso
Natural Machines(Espanha): Criadora da Foodini, impressora que produz massas, pizzas e até hambúrgueres.
BeeHex(EUA): Desenvolveu impressoras para a NASA, visando alimentação em missões espaciais.
Impacto na Economia Brasileira
Ainda incipiente no Brasil, a impressão 3D de alimentos pode ganhar espaço em restaurantes gourmet e hospitais, oferecendo opções mais saudáveis e sustentáveis.

Alimentos baseados em Plantas
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Alimentos baseados em Plantas

Dietas Veganas e Plant-Based: A Revolução Verde
Crescimento Global
O mercado vegano movimenta bilhões globalmente, com crescimento anual de dois dígitos. No Brasil, 19% da população já se declara vegetariana, e grandes empresas como JBS e Marfrig já investem em linhas plant-based.

Líderes Globais
Beyond Meat(EUA): Hamburgueres vegetais que “sangram” como carne.
NotCo(Chile): Usa IA para replicar sabores de laticínios e carnes com plantas.
Impacto na Economia Brasileira
O Brasil, grande produtor de soja e grãos, pode se beneficiar exportando matérias-primas para alimentos veganos. Além disso, startups brasileiras como Fazenda Futuro já competem no mercado global.

Gilberto
Pessoal

Gilberto Lima Jr Humanista Digital e Futurista

O Futuro é Sustentável e Tecnológico
A comida do futuro será mais saudável, acessível e sustentável, graças a:

*Tecnologias disruptivas (carnes cultivadas, fazendas verticais).

*Mudança de hábitos (dietas veganas e redução de desperdício).

*Adaptação da economia brasileira (investimento em bioeconomia e foodtechs).
O desafio é garantir que essas inovações cheguem a todos, combatendo tanto a fome quanto a má nutrição. O Brasil, com seu potencial agrícola e tecnológico, pode ser um líder nessa transição — desde que invista em políticas públicas e parcerias globais.

O futuro da alimentação já começou. E ele é verde, tecnológico e (muito) saboroso. Bom Apetite!

Gilberto Lima Jr. É Palestrante Internacional, Membro do Board de diversas Empresas no Brasil e no Exterior

tecnologia.ig.com.br

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