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O enigma dos selos sustentáveis: ser ou não ser a mágica da mudança

Rafael Vaisman

Selos de sustentabilidade têm a função de comprovar a adoção de práticas que minimizem os impactos ao meio ambiente.

*Por Rafael Vaisman

“Ser ou não ser, eis a questão.” Essas palavras icônicas de Shakespeare ecoam como um enigma perante a nós, como um convite para refletir sobre os desafios e as escolhas que moldam nosso mundo. No meu último artigo, explorei o dilema do “ser ou não ser” sustentável, mergulhando nas profundezas da responsabilidade ambiental e social que as empresas enfrentam.

Agora, neste novo capítulo, voltamos nossos olhos para os selos sustentáveis, esses misteriosos artefatos da era moderna. Eles nos encantam com promessas brilhantes, nos convidando a acreditar na mágica da mudança. Mas, como Shakespeare nos lembrou, nem tudo é o que parece ser. Nossas escolhas de sustentabilidade também estão repletas de perguntas e enigmas.

Portanto, prepare-se para mergulhar no universo intrigante dos selos sustentáveis, onde a magia da transformação se mistura com as sombras da incerteza. Neste mundo de encantamento e questionamento, exploraremos o que está por trás da cortina brilhante desses selos e como eles se colocam diretamente relacionados ao dilema de “ser ou não ser” sustentável. 

Você já se imaginou em um lugar mágico onde a sustentabilidade floresce como nunca antes? Bem-vindo ao mundo dos “selos sustentáveis” – essas pequenas maravilhas que estão transformando a maneira como as empresas fazem o bem. Imagine que cada selo seja como um saco encantado, bonito e único, guardando segredos e promessas de um mundo melhor. Vamos explorar este universo encantador onde a magia acontece todos os dias!

O baú dos selos sustentáveis

No coração desse mundo mágico, encontramos o baú dos selos sustentáveis, um lugar onde cada selo possui sua própria marca, cor, textura e design. Eles são como tesouros da natureza, guardando uma riqueza de intenções sustentáveis.

As empresas e instituições como mágicos modernos, competem para tornar seus selos mais deslumbrantes e atraentes. Quanto mais brilhante, mais atraente e valioso o selo se torna. É uma competição para ver quem pode criar o selo mais encantador e sustentável de todos!

Nesse ponto, podemos lembrar as palavras do filósofo Immanuel Kant, que nos ensinou sobre o dever moral. Os selos sustentáveis refletem o cumprimento do dever moral das empresas para com a sociedade e o meio ambiente.

Os donos desses selos são como feiticeiros, com o poder de distribuir valores para pessoas, entidades, empresas ou ONGs. Eles podem escolher onde investir sua magia sustentável e causar um impacto positivo no mundo. É como lançar feitiços do bem!

Selos: a nova geração de heróis sustentáveis

Nesse mundo, os selos são os heróis da nova geração, lutando contra o vilão da insustentabilidade. Eles se dedicam a práticas sustentáveis, como reciclagem, mitigação das emissões de carbono, plantio regenerativo, logística reversa, entre outras soluções ligadas à sustentabilidade. Cada selo carrega a responsabilidade de chancelar empresas, garantindo que elas cumpram suas promessas mágicas.

Nesse momento, podemos lembrar as palavras do economista Milton Friedman, que nos ensinou sobre a responsabilidade social das empresas. Os selos sustentáveis podem ser vistos como uma resposta às expectativas crescentes da sociedade em relação às empresas.

A mágica de equilibrar lucro e propósito

Nesse ponto, podemos invocar as palavras do filósofo John Stuart Mill e suas ideias sobre utilitarismo. Os selos sustentáveis podem contribuir para o bem-estar geral da sociedade.

Porém, assim como em qualquer mundo mágico, há cuidados a serem tomados. Antes de escolher um selo, é essencial pensar cuidadosamente sobre as causas escolhidas e quem receberá os benefícios prometidos que são apoiados pelos selos. Cada selo representa uma promessa e, como diz o ditado, “nem tudo que reluz é ouro.”

Neste ponto, vale lembrar as palavras de especialistas em sustentabilidade e economia, como Jeffrey Sachs, que adverte sobre a importância de analisar profundamente o impacto das iniciativas sustentáveis.

A conclusão ambivalente

No final, os selos sustentáveis podem ser como truques de ilusionismo. Eles nos deslumbram com promessas brilhantes de um mundo mais verde, empresas mais éticas e uma sociedade mais justa. Mas, assim como em qualquer ato de magia, há muito mais acontecendo nos bastidores do que nossos olhos podem ver.

Citando o renomado naturalista David Attenborough, que tem alertado sobre os desafios ambientais que enfrentamos, devemos ser céticos e críticos. 

No entanto, também não podemos negar o encanto e a esperança que esses “selos sustentáveis” trazem consigo. Eles nos lembram que a mudança é possível, que empresas podem se tornar agentes de transformação e que, juntos, podemos criar um mundo melhor.

Portanto, ao entrar no mundo dos “selos sustentáveis”, faça-o com os olhos bem abertos. Reconheça que, assim como em qualquer truque de mágica, há partes que permanecerão entrelinhas, e nem sempre a mágica é tão encantadora quanto parece. 

E assim, como um ser humano apaixonado pela sustentabilidade e pela verdade
, que acredita que a transparência é o pilar de evolução para um mundo mais justo e sustentável, permita-me acrescentar um toque lúdico que fala do meu compromisso pessoal com a causa.

Pessoalmente, sou um defensor dos “selos sustentáveis”. Inclusive, tive a honra de criar selos em duas empresas, certificando que os produtos eram provenientes de economia circular, contribuindo para a construção de eventos sustentáveis. No ano passado e neste ano, também lancei um selo focado em ESG (Environmental, Social, and Governance), e um novo estará sendo re-lançado com o compromisso de trazer a  verdade
sobre um dos assuntos mais importantes da atualidade

Não comunicar entrelinhas, ruídos, ou sombras, mas mostrar a relevância de ser transparente em como comunicamos e como entregamos o que prometemos. É como ter um assistente mágico que revela todos os truques, deixando o público sem dúvidas ou ilusões.

Afinal, em um mundo onde tantas empresas se apropriam dos jargões “CARBON “ZERO”, “FREE CARBONO”, é essencial sermos transparentes e autênticos. Precisamos estar comprometidos em mostrar a verdade, em vez de simplesmente ecoar termos vazios. Como Ursula Pachl, vice-diretora da organização europeia de consumidores BEUC, tão sabiamente observou, tais alegações de “carbono zero ou free” muitas vezes equivalem a “greenwashing” e são cientificamente incorretas.

Abraços apertados de alguém que é apaixonado pela complexidade da sustentabilidade moderna e acredita no poder da busca contínua pelo conhecimento e pela mudança positiva através da transparência e da verdade.

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