Durante a última semana de maio, alguns astrônomos continuaram ocupados com a atividade solar, enquanto outros faziam descobertas incríveis no universo primitivo.
Confira nosso resumo semanal e fique por dentro das principais notícias sobre o espaço.
A atividade solar
A mancha solar
gigante AR3664 está de volta, agora renomeada para AR3697. Aos que não se lembram, essa é a região que provocou a maior tempestade solar dos últimos 21 anos e as auroras polares de 10 de maio.
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O retorno de uma mancha solar ocorre quando ela sobrevive a uma rotação completa de nossa estrela, algo pouco comum. Nesse caso, a mancha reapareceu trazendo explosões intensas e causando alguns apagões de rádio. Alguns deles afetaram o Brasil, inclusive. As erupções são de classe X, a mais poderosa da classificação.
Um estudo mostrou que os campos magnéticos do Sol se formam muito mais perto da superfície do que se imaginava. Isso pode ser crucial para uma maior compreensão dos mecanismos que produzem as tempestades solares.
Os vulcões em Vênus
Parece que as erupções vulcânicas em Vênus são muito mais frequentes do que os astrônomos poderiam imaginar, de acordo com um novo estudo publicado na Nature. Usando dados da missão Magalhães, que investigou o planeta vizinho na década de 1990, os autores encontraram evidências que sustentam essa descoberta.
Ao analisar as rochas de duas regiões vulcânicas de Vênus, os pesquisadores perceberam que houve mudanças entre 1990 e 1992 que só podem ser explicadas por grandes quantidades de lava expelida em erupções. “A atividade vulcânica em Vênus pode ser comparável à da Terra”, disse o líder do estudo.
As galáxias do James Webb
O telescópio James Webb continua quebrando seus próprios recordes de galáxias mais distantes e antigas já encontradas. Uma delas é a JADES-GS-z14-0, cuja luz viajou por 13.421 bilhões de anos. Isso significa que ela já existia apenas 300 milhões de anos após o Big Bang.
Em outro estudo, o Webb detectou pela primeira vez o nascimento de duas das primeiras galáxias do cosmos, observando suas imagens há 13,3 e 13,4 bilhões de anos, respectivamente. “Poderíamos dizer que estas são as primeiras imagens ‘diretas’ da formação de galáxias que já vimos”, disseram os autores da descoberta.
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