Nos últimos dias o Sol se tornou bastante ativo, liberando erupções tão fortes que causaram apagões de rádio em nosso planeta. Enquanto isso, o 12P/Pons-Brooks, conhecido como “Cometa do Diabo”, se aproxima do Sol e está prestes a se tornar visível.
Confira essas e outras notícias que foram destaque na última semana.
As erupções solares
Nas vésperas do equinócio de Outono, o Sol emitiu um flash de raios X de classe M6.7
(médio) na região ativa AR3615 e causou apagões de rádio, enquanto outras erupções mais fracas ocorriam em outras partes da nossa estrela. Também chamou a atenção uma explosão solar que lançou um arco de plasma medindo 40 vezes o tamanho da Terra
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🌞📰Sun news Mar 9, 2024: Fantastical prominence eruption
😃🤩😱A huge prominence erupted off the SE limb, hurling solar plasma into space. At its largest, while it was still connected to the sun it measured at least 600,000 km long
MORE at EarthSky: https://t.co/xD29wLfm4e
pic.twitter.com/EG2ILErN2V— Dr. C. Alex Young (@TheSunToday) March 9, 2024
A explosão gigantesca, que vemos no vídeo acima, atingiu Mercúrio em cheio e pode ter causado auroras de raios X por lá. Por fim, houve uma erupção de filamento magnético
solar, um outro tipo de evento que também causa explosões na atmosfera de estrela.
A aproximação do cometa 12P/Pons-Brooks
Cada vez mais perto do Sol, o cometa 12P/Pons-Brooks vai ser visível
para moradores em algumas regiões do Brasil. No entanto, o objeto dificilmente vai ser visível a olho nu e deve ser observado com a ajuda de binóculos.
Comet 12P/Pons-Brooks looking really great last night in a clear dark sky! Coma now much enlarged with a highly condensed bright nuclear region. pic.twitter.com/VvDFnECq1I
— David Strange (@dgs99) October 15, 2023
A partir do final de março e início de abril, o cometa passa a ser visível aos moradores das regiões Norte e Nordeste, mas vai estar bem próximo do horizonte oeste, dificultando a observação. Por outro lado, pode ser que ele sofra explosões e se torne consideravelmente mais brilhante.
O mineral raro do asteroide Bennu
Cientistas descobriram fosfato de magnésio
, composto incomum em rochas espaciais, nas amostras coletadas do asteroide Bennu. Isso pode ajudar a entender a atividade geológica e as origens do Bennu.
Esse material não é encontrado em meteoritos coletados na Terra, talvez por ser frágil demais para sobreviver à queda, ou porque desaparece pouco tempo depois. Também foi encontrada glicina, aminoácido que é um ingrediente essencial das proteínas.
As estrelas que mudaram a órbita da Terra
Estrelas vizinhas que ocasionalmente passam perto do Sol causaram perturbações gravitacionais, afetando significativamente a órbita da Terra. Um novo estudo mostrou que desconsiderar esse fato pode afetar o estudo da história orbital terrestre
e, consequentemente, as pesquisas sobre o passado climático de nosso planta.
O autores do estudo calcularam que uma dessas passagens de estrelas vizinhas encurtaria o “horizonte de tempo” em 5 a 7 milhões de anos, ou de 7% a 10%. Isso significa que o tempo que os cientistas podem “retroceder” no passado orbital da Terra é menor do que se pensava.
A 1ª detecção do “caçador” de asteroides
Um instrumento de observação do projeto Test-Bed Telescope da Agência Espacial Europeia (ESA) detectou seu primeiro asteroide
, chamado 2024 EL4. O projeto visa desenvolver uma rede de telescópios para monitorar as rochas espaciais próximas da Terra.
A detecção foi feita durante os testes iniciais do segundo instrumento de observação do projeto Test-Bed. A ESA informou que o asteroide não oferece riscos de impacto com a Terra nos próximos 100 anos.
As bolhas na estrela Betelgeuse
Parece que a estrela Betelgeuse tem bolhas de convecção gigantescas
, que poderiam explicar seu comportamento estranho. Uma simulação mostrou que metade da estrela parece se aproximar da Terra, enquanto a outra parece se afastar, sugerindo que ela seria semelhante a um aglomerado de bolhas em ebulição.
Isso significa que quando uma bolha de plasma quente sobe até a superfície da estrela, as imagens do telescópio dão a impressão de que o material está se aproximando da Terra; enquanto isso, as bolhas mais frias que já estavam na superfície afundam, parecendo se afastar.
Os planetas devorados por suas estrelas
Cerca de 8% das estrelas gêmeas estudadas em uma nova pesquisa apresentaram diferenças em sua composição química
, apesar de terem nascido da mesma nuvem molecular. Segundo os autores, isso pode ser um sinal de que elas teriam “devorado” planetas em suas órbitas, alterando suas composições.
O que realmente intrigou os cientistas é que essas estrelas estão longe de se tornarem gigantes vermelhas, que é a fase na qual os astrônomos assumem que estrelas começem a engolir os planetas. Ainda não se sabe ao certo por que esses mundos teriam sido devorados tão cedo.
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