I-Hwa CHENG
A fabricante de semicondutores Nvidia se tornou, nesta terça-feira (18), a empresa mais valiosa do mundo, superando Apple e Microsoft, em mais uma amostra da corrida pela inteligência artificial (IA) generativa, impulsionada pelos mercados.
A valorização do grupo de Santa Clara (Califórnia) alcançou 3,338 trilhões de dólares (18 trilhões de reais, na cotação de hoje), segundo um cálculo da AFP. Por volta das 14h30 de Brasília, suas ações operavam em alta de 3,45%.
De todo modo, a Nvidia ainda não bateu o recorde absoluto registrado pela Apple na segunda-feira: US$ 3,376 trilhões (17,9 trilhões de reais, na cotação do dia).
Desde que foi lançado o ChatGPT, robô conversacional da OpenAI, em novembro de 2022, o preço das ações da Nvidia se multiplicaram por oito, graças à popularidade de seus poderosos microchips.
Em 7 de junho, a recente divisão por dez de suas ações ajudou a aumentar ainda mais o valor da empresa, ao fomentar a demanda por um título mais acessível.
O grupo produz os potentes microprocessadores GPU, capazes de gerenciar uma quantidade considerável de cálculos, necessários para a IA generativa.
A IA generativa produz textos, fotos e vídeos, entre outros, a partir de um pedido feito em linguagem comum.
Embora muitas gigantes da tecnologia, como AMD e Intel, assim como Apple e Microsoft, invistam maciçamente em IA, a Nvidia tem uma vantagem confortável no mercado de semicondutores destinados à inteligência artificial.
A empresa, dirigida por Jensen Huang, viu seu lucro disparar devido à forte demanda por seus chips GPU.
Em maio passado, a Nvidia reportou um lucro líquido de US$ 14,9 bilhões (cerca de R$ 75 bilhões na época), enquanto sua receita, de US$ 26 bilhões (R$ 135 bilhões), quase quadruplicou as cifras do mesmo trimestre fiscal do ano passado.
“Acreditamos que, ao longo do próximo ano, a corrida pela capitalização no mercado tecnológico de US$ 4 trilhões será liderada e concentrada por Nvidia, Apple e Microsoft”, informou, em nota, a Wedbush Securities.
“Os chips GPU da Nvidia são, na essência, o novo ouro ou petróleo do setor da tecnologia, enquanto mais empresas e consumidores rapidamente entram neste caminho com a 4ª Revolução Industrial”, acrescentou.