terça-feira, 22 de abril de 2025

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Novo serviço leva sinal de celular a regiões isoladas no Brasil

Reprodução

A tecnologia D2D permite a comunicação por meio de sinais de satélites

A companhia norte-americana Viasat lançou nesta terça-feira (22), no Brasil, um  serviço de conexão via satélite diretamente para celulares, tecnologia conhecida como Direct to Device (D2D).

A proposta é fornecer conectividade básica para regiões sem cobertura de redes móveis, com aplicação emergencial em casos de desastres naturais ou isolamento extremo.

O Brasil é o primeiro país da América Latina a receber oficialmente o serviço da empresa, que já atua no setor de internet satelital em diversas regiões do mundo.

A apresentação da nova tecnologia ocorreu em Brasília, em evento que contou com a presença de representantes da Anatel(Agência Nacional de Telecomunicações), de ministérios e do Congresso Nacional.

A tecnologia D2D permite a comunicação por meio de sinais de satélites, dispensando a necessidade de torres terrestres ou infraestrutura convencional.

Em sua fase inicial, no entanto, o serviço será restrito ao envio de mensagens de texto com velocidade de apenas 2 kilobytes por segundo, o que não permite chamadas de voz nem envio de mídias.

Empresa explica objetivo

Segundo a Viasat, o objetivo é atender usuários em locais onde a cobertura de rede é inexistente, como comunidades rurais isoladas, áreas de floresta ou regiões montanhosas.

A tecnologia também pode ser usada por equipes de resgate, agentes de segurança e profissionais em expedições ou operações especiais. De acordo com dados da Anatel, apenas 18% do território brasileiro possui cobertura móvel contínua.

A tecnologia D2D representa uma nova etapa na expansão da conectividade no país. A empresa avalia que o serviço, mesmo limitado, pode reduzir as chamadas “zonas de sombra” no mapa da cobertura móvel nacional.

Acordos

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Para que o serviço esteja disponível ao público, ainda será necessário concluir acordos com operadoras de telefonia no Brasil.

A Viasat já está em negociação com empresas do setor para viabilizar o acesso. A conectividade só será funcional em modelos de celular compatíveis com a recepção de sinal satelital, o que pode restringir a adoção em larga escala inicialmente.

Outras companhias também estão investindo em tecnologias semelhantes. Em março deste ano, a Claro, em parceria com a empresa norte-americana Lynk, realizou testes de conexão direta por satélite com celulares em áreas remotas do Maranhão.

Além do lançamento da versão inicial do D2D, a Viasat anunciou que está desenvolvendo uma nova geração de satélites de órbita baixa (LEO), que devem oferecer maior capacidade de transmissão e menor latência.

A companhia firmou um acordo com a Space 42, empresa com sede nos Emirados Árabes Unidos, especializada em tecnologia espacial, para realizar os estudos técnicos e operacionais dessa futura fase.

A expectativa da empresa é que, com esses novos satélites, seja possível ampliar a capacidade do serviço.

O plano prevê que, em até cinco anos, os usuários possam realizar chamadas de voz e vídeo em locais hoje sem qualquer cobertura, como o topo do Monte Roraima ou comunidades ribeirinhas na Amazônia.

tecnologia.ig.com.br

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