Com o objetivo de atender à Lei de Mercados Digitais da União Europeia, a Meta
anunciou que as pessoas terão em breve a possibilidade de desvincular as suas contas nas redes sociais da companhia e usar os serviços separadamente. De acordo com a companhia, os usuários no Espaço Econômico Europeu e na Suíça serão notificados nas próximas semanas sobre essa opção.
Com essa alternativa, as pessoas não serão mais obrigadas a compartilhar suas informações pessoas entre todos os aplicativos da Meta — especialmente Facebook, Instagram
e Messenger — e terão mais liberdade para escolher como acessar os serviços. A novidade, no entanto, não terá efeito para o público brasileiro ou em países fora da Europa.
Adaptação à Lei de Mercados Digitais
A Lei de Mercados Digitais da União Europeia estabelece uma série de regras para empresas que atuam em ambiente digital, especialmente as Big Techs, com o objetivo de assegurar a competitividade no setor, combater práticas abusivas e oferecer mais proteção aos direitos dos usuários. As empresas têm até março para atender às exigências propostas pela lei.
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Para se adaptar à nova lei, a Meta vai permitir que as pessoas escolham se querem ou não vincular as contas de seus aplicativos. As mudanças vão atingir os seguintes serviços:
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Facebook
e Instagram: pessoas que vincularam os perfis do Facebook e Instagram poderão escolher entre manter a conexão pela Central de Contas da Meta ou gerenciar as contas separadamente; - Facebook e Messenger: os usuários poderão desvincular a conta do Facebook e do Messenger e criar uma conta independente para usar o app de mensagens;
- Facebook Marketplace: o Marketplace do Facebook terá opção de acesso sem a necessidade de conta na rede social, com uso de e-mail para estabelecer a comunicação sobre compra e venda de produtos;
- Facebook Gaming: a seção de jogos na rede social também poderá ser acessada sem a exigência de ter uma conta na plataforma, porém com restrição de títulos e sem o modo multiplayer.
“A Lei de Mercados Digitais procura promover a equidade nos mercados digitais, e estamos empenhados em continuar a trabalhar arduamente para garantir que os produtos da Meta na União Europeia cumpram a lei e agreguem valor às pessoas”, declarou a empresa em comunicado.
Exigências para outras empresas
Enquanto a Meta anuncia essas alternativas para o acesso aos aplicativos e redes sociais na União Europeia, outras empresas de tecnologia
também realizam alterações em seus serviços a tempo de cumprir o prazo exigido pela lei.
A Apple, em especial, é uma das Big Techs mais impactadas pela Lei de Mercados Digitais, que a obriga a oferecer a instalação de apps por fontes de terceiros. Como solução, a companhia deve lançar uma versão alternativa da App Store
e liberar o sideloading — mesmo sendo historicamente contra essa prática — nos países da União Europeia.
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