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Meta minimiza ameaça da IA generativa em campanhas e eleições

TOBIAS SCHWARZ

Meta diz que seu foco em como as contas agem permitiu que ela expusesse campanhas de fraude em sua plataforma

Tobias SCHWARZ

As campanhas de desinformação russas nas redes sociais usando a tecnologia de Inteligência Artificial (IA) generativa não tiveram sucesso até agora, disse o grupo Meta em um relatório de segurança divulgado nesta quinta-feira (15).

A empresa-matriz dos gigantes das redes sociais Facebook e Instagram descobriu que, até o momento, as táticas de desinformação que usam IA fornecem apenas “ganhos marginais de produtividade e geração de conteúdo” para aqueles que as promovem. A Meta disse que foi capaz de bloquear essas operações.

A apresentação desse relatório trimestral coincide com os temores crescentes de que a IA generativa seja usada para enganar ou confundir as pessoas durante períodos eleitorais, como a atual eleição presidencial dos EUA, em 5 de novembro.

O Facebook tem sido acusado há anos de ser usado como uma poderosa plataforma de desinformação.

Os hackers russos usaram o Facebook e outras redes sociais dos EUA para gerar tensão política antes das eleições de 2016, que acabaram sendo vencidas pelo magnata republicano Donald Trump (2017-2021), agora mais uma vez candidato à Casa Branca.

Os especialistas temem um fluxo sem precedentes de desinformação maliciosa nas mídias sociais devido à facilidade de acesso a ferramentas de IA, como o bot de conversação ChatGPT ou Dall-E, que pode gerar imagens realistas sob demanda em segundos.

A IA foi usada para criar imagens e vídeos com detalhes impressionantes e para traduzir ou gerar textos de notícias falsas, reconhece o relatório.

A Rússia continua sendo a principal fonte de “comportamento coordenado falso”, de acordo com a terminologia apresentada pelo diretor de política de segurança da Meta, David Agranovich.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, esses esforços têm se concentrado em desestabilizar o país vizinho, seu governo e seus aliados, de acordo com o relatório.

No entanto, as imagens produzidas pela “Doppelganger”, uma campanha russa contra a Ucrânia, “não parecem estar sujeitas a controle de qualidade”, enfatizou Agranovich.

“Em muitos casos, a clareza das mensagens parece secundária em relação à estratégia de enviar muitas coisas na esperança de que elas tenham um efeito em algum lugar”, disse o alto funcionário da Meta.

Com a aproximação das eleições de novembro nos EUA, a Meta prevê um aumento das campanhas apoiadas pela Rússia para atacar políticos que apoiam a Ucrânia.

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