Um grupo de engenheiros de software da China revelou um novo agente de inteligência artificial, o Manus AI, com afirmações de que ele é capaz de superar ofertas semelhantes da grande líder no ramo, a OpenAI. A divulgação foi feita na última quarta-feira (5) através das redes sociais.
O Manus, revelado pelo desenvolvedor chinês homônimo, afirma ter superado os modelos OpenAI em todos os três níveis de dificuldade no teste de benchmark GAIA (teste de desempenho de sistemas), que avalia assistentes gerais de IA em sua capacidade de resolver problemas do mundo real, de acordo com a revista Forbes.
Diferentemente dos modelos convencionais de IA que se concentram em fluxos de trabalho baseados em bate-papo, a Manus opera de forma autônoma, executando tarefas em vários domínios, disse o cofundador e cientista-chefe do programa, Yichao ‘Peak’ Ji, no vídeo.
Formato diferente
Um recurso importante prometido pelo Manus é que ele funciona na nuvem de forma assíncrona, o que permite que os usuários desliguem seus dispositivos enquanto a IA continua trabalhando e traz os resultados depois. Ele também tem memória e aprende com o tempo, se adaptando às preferências do usuário, explicou Yichao.
De acordo com o portal Investing, em demonstrações o Manus selecionou e classificou currículos com sucesso, conduziu pesquisas imobiliárias complexas e realizou análises de dados financeiros, incluindo estudos de correlação de ações.
Efeito DeepSeek
No final de 2024, o lançamento do DeepSeek, um modelo de IA chinês para competir com o GPT-4 da OpenAI, foi visto como um grande avanço da China na IA e agitou as ações das marcas concorrentes. Entre as IAs, o Manus é diferente — não é só mais um modelo, é um agente de IA que pensa, planeja e executa tarefas sozinho, como um estagiário com atenção ilimitada.
O Manus se destaca dos modelos ocidentais, como o próprio ChatGPT-4 e o Gemini, porque não precisa de comandos humanos para funcionar. Ele começa tarefas por conta própria, avalia novas informações e ajusta sua abordagem conforme necessário. Em muitos aspectos, ele é o primeiro “verdadeiro agente geral de IA”, segundo a Investing.
A ideia é que o programa compreenda as necessidades do usuário e trabalhe de forma proativa para atendê-las. O sistema pode auxiliar em diversas tarefas, liberando os profissionais para se concentrarem em atividades que exigem criatividade, estratégia e tomada de decisão.
O segredo para uma colaboração eficaz é a habilidade do Manus AI de aprender e se ajustar, aponta a Investing. Ele observa seus métodos de trabalho, reconhece suas preferências e se adapta para atender às suas exigências.
