domingo, 22 de dezembro de 2024

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Mais um estudo mostra que planeta que seria Vulcano não existe

Danielle Cassita

Mais um estudo mostra que planeta que seria Vulcano não existe

Mais um estudo indica que o planeta que seria a versão real de Vulcano
, o mundo fictício de Spock na saga Star Trek
(ou Jornada nas Estrelas, como a produção foi chamada no Brasil), não existe. Uma equipe de cientistas liderada por Abigail Burrows, da universidade Dartmouth College, descobriu que tudo se tratava de uma ilusão cósmica: os sinais que indicariam a presença do mundo parecem ter vindo da estrela que ele orbita, não do exoplaneta propriamente dito.

Antes de entender os novos resultados, precisamos voltar rapidamente a 2018, ano em que o exoplaneta
(nome dado aos mundos fora do Sistema Solar) foi anunciado. Na ocasião, os cientistas declararam que o planeta 40 Eridani A b estaria na órbita da estrela 40 Eridani A, ou HD 26965, que faz parte de um sistema estelar triplo a 16,3 anos-luz de nós.

Se existisse, o planeta levaria 42 dias para orbitar sua estrela e seria uma superterra, ou seja, um mundo maior que o nosso e menor que Netuno. Mesmo assim, eles foram cautelosos, e alertaram que a detecção poderia ser simplesmente alguma emissão vinda da estrela “disfarçada” de planeta.


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Em Star Trek, a estrela em questão é orbitada por Vulcano — e, claro, o anúncio foi recebido com euforia pelos fãs da produção. Só que, desde então, foram publicados diferentes estudos que desafiam a existência do que seria como a versão real de Vulcano.

O sinal do possível exoplaneta foi detectado através da velocidade radial, um método que trabalha com as interações gravitacionais entre o mundo e sua estrela. No caso, HD 26965 mostrou algumas mudanças que pareciam ser semelhantes ao que se espera das mudanças de velocidade radial esperadas pela presença de um exoplaneta.

Por outro lado, tais mudanças também podem ser causadas pela própria estrela — tanto que estudos publicados em 2021 e 2023 indicaram que os sinais em questão eram falsos-positivos
. Agora, a nova pesquisa de Burrows e seus colegas mediram a velocidade radial com alta precisão, reforçando a importância da cautela quando o planeta foi anunciado.

Eles descobriram que os sinais que indicariam o suposto planeta são, na verdade, o resultado de alguma estrutura na superfície da estrela. Tal formação pode ser o processo de movimento entre as camadas frias e quentes da estrela combinado com as manchas em sua superfície, coincidindo com um período de rotação de 42 dias.

Se você é um entusiasta de Star Trek, não fique decepcionado. Apesar de os novos resultados mostrarem que “Vulcano” não está por lá, eles indicam também que estudos futuros podem apontar com ainda mais precisão as diferenças entre planetas e estrelas distantes.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Astronomical Journal.

Leia a matéria no Canaltech
.

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