O Instagram anunciou que contas de adolescentes passarão a seguir padrões baseados na classificação indicativa PG-13, utilizada pelo cinema estadunidense, em uma tentativa de reduzir o acesso de menores de 18 anos a conteúdos inapropriados.
A medida, que começa a valer de forma gradual nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Canadá, será aplicada automaticamente a todos os usuários com menos de 18 anos, que só poderão alterar as configurações com a permissão dos pais ou responsáveis.
Segundo a Meta, controladora do Instagram, a iniciativa visa alinhar as diretrizes da plataforma a um padrão “independente e familiar para os pais”, semelhante ao que é visto em filmes com classificação PG-13.
Na prática, adolescentes poderão ver apenas conteúdos considerados adequados a essa faixa etária, o que exclui publicações com linguagem forte, acrobacias arriscadas, apologia ao uso de drogas ou álcool, e imagens sexualmente sugestivas ou perturbadoras.
“Sabemos que há diferenças entre filmes e redes sociais, mas queremos que a experiência dos adolescentes no Instagram se assemelhe à de assistir a um filme PG-13”, afirmou a empresa em comunicado.
A Meta destacou ainda que usará tecnologia de previsão de idade para identificar usuários que tentem driblar as restrições ao criar contas com dados falsos.
Para famílias que desejarem uma experiência ainda mais segura, o Instagram lançará o modo “Conteúdo Limitado”, que bloqueia completamente o acesso a comentários e restringe ainda mais o tipo de material exibido.
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Segundo a empresa, 96% dos pais entrevistados em pesquisa conduzida pela Ipsos afirmaram considerar útil a inclusão da nova configuração.
Além disso, pais poderão denunciar diretamente publicações que considerem inadequadas para adolescentes. Essas denúncias serão analisadas com prioridade pelas equipes da plataforma, que informarão o resultado da revisão.
A Meta informou que as mudanças foram desenvolvidas com base em mais de 3 milhões de avaliações feitas por pais em todo o mundo, que revisaram postagens reais do Instagram para indicar se eram apropriadas para menores. Em testes conduzidos nos Estados Unidos e no Reino Unido, menos de 2% do conteúdo analisado foi classificado como impróprio pela maioria dos responsáveis.
O novo sistema impede adolescentes de seguirem perfis que publiquem ou incentivem comportamentos inadequados, bloqueia resultados de busca com termos como “álcool”, “automutilação”, “suicídio” e “gore”, e remove publicações restritas de recomendações, Stories e mensagens diretas, mesmo quando compartilhadas por contatos.
As ferramentas de inteligência artificial integradas ao aplicativo também passam a seguir os mesmos critérios de classificação, impedindo que respondam a perguntas com conteúdo não apropriado à faixa etária.
Expansão global
As novas políticas começaram a ser implementadas nesta quarta-feira (16) para adolescentes nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Canadá, e deverão ser expandidas para o restante do mundo até o fim do ano.
A Meta afirmou que pretende aplicar as restrições também a contas de adolescentes que se declarem adultos e incluir proteções semelhantes no Facebook.
