segunda-feira, 21 de abril de 2025

Rádio SOUCG

  • ThePlus Audio

Hospital investe em "realidade virtual" para cuidados diários

Divulgação

Paciente no leito do hospital experimenta óculos de inteligência artificial

Pode parecer impossível para quem está internado em um hospital, mas, no Ceará, já é realidade. O Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara, unidade da Secretaria estadual da Saúde, tem transportado pacientes para ambientes que fogem da realidade da internação.

Por meio de óculos simples de realidade virtual, a equipe tem conseguido humanizar o cuidado e promover um auxílio para a saúde mental.

O paciente João Marcelo, de 52 anos, internado há pouco mais de um mês no HGWA, foi um dos que usaram o equipamento, com o acompanhamento da equipe de Psicologia da instituição. Antes de iniciar, o paciente informa qual é o seu desejo de ambiente para ser visitado virtualmente. No caso de João, o sonho dele era ir à praia. Com o auxílio de um celular, o ambiente é simulado.

“Eu me vi na praia. Senti até o cheiro do mar. É um desejo que tenho há mais de dois anos. Sempre que eu estava de folga do trabalho eu ia ver o mar. Até o cheiro do peixe me acalma e ter essa visão me deixou muito feliz”, relatou, emocionado.

Para a enfermeira Josyene de Lima, que presenciou o momento, o sentimento foi de alegria. “Percebi que traz lembranças boas para os pacientes. Muitas vezes eles ficam na enfermaria, por não conseguirem se locomover, e esse momento ajuda a tirar o estresse e trazer uma realidade diferente”, pontua.

Projeto de humanização

A ideia de utilizar os óculos para promover o bem-estar aos pacientes internados surgiu por meio de um projeto do Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) do HGWA. O item fica disponível na unidade para que os profissionais, ao identificar a possibilidade do uso pelo paciente, façam a solicitação, que conta com o apoio dos serviços da Psicologia e também da Terapia Ocupacional.

A psicóloga hospitalar do HGWA, Chirliane Xavier, explica que, antes do uso do equipamento, o paciente é avaliado. Entre os requisitos, estão as funções básicas de atenção, memória, nível de consciência e orientação. Após a aprovação, é feito um relato do que ele deseja conhecer e agendado o uso.

“É um momento de oportunidade do resgate dessa subjetividade. Isso traz um impacto emocional positivo. O paciente, quando está em um ambiente hospitalar, perde um pouco da sua personalidade, pois deixa a sua casa, deixa de fazer aquilo que ele gosta, para tratar da sua saúde em um momento crítico. Resgatar isso é proporcionar um pouco do que ele é. Foi muito importante ver o sorriso, o semblante, a melhora do humor, por uma atividade simples, mas que resgata aquilo que a pessoa é, para além da doença. O humor que melhora, abrange todo o entendimento físico e emocional”, finaliza.

tecnologia.ig.com.br

Enquete

O que falta para o centro de Campo Grande ter mais movimento?

Últimas