Orlando SIERRA
Honduras contabiliza pelo menos 20 mortos no decorrer deste ano por dengue e mais de 30.000 casos suspeitos de contágio, os piores registros na América Central, enquanto as autoridades aumentam as medidas contra o mosquito transmissor da doença, informou o Ministério da Saúde nesta segunda-feira (10).
O responsável de Vigilância da Saúde de Honduras, Lorenzo Pavón, detalhou à AFP que “os casos suspeitos de janeiro a junho [são] 30.009”. Ademais, há “20 óbitos confirmados” e outros 25 em análise, acrescentou.
Em 2023, Honduras registrou 31 mortes e mais de 27.000 casos, de acordo com fontes oficiais. O pior ano para o país foi 2019, com 180 mortes e 113.000 casos.
Honduras é o país da América Central que mais registrou mortes por dengue no decorrer deste ano, seguido por Guatemala (13) e Panamá (12), segundo os últimos números disponibilizados por esses governos. Os órgãos de saúde de Costa Rica e Nicarágua não registraram vítimas fatais.
O avanço acelerado da doença transmitida pelo mosquito “Aedes aegypti” levou as autoridades hondurenhas a declarar “alerta máximo” para intensificar o combate desse vetor.
Pavón indicou que funcionários, apoiados pelas forças de segurança, começaram a aplicar um produto que acaba com as larvas do mosquito nos recipientes com água parada e a fumegar residências.
A dengue é uma doença endêmica em zonas tropicais que provoca febre alta, dor de cabeça, náusea, vômito, dor muscular e, nos casos mais graves, hemorragias que podem causar a morte.
Em abril de 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que a dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos se propagam muito mais pelo efeito das mudanças climáticas.