A fábrica da GWM no Brasil, situada em Iracemápolis, no interior de São Paulo, não será mais inaugurada no mês de maio, como pretendiam os executivos da montadora chinesa de carros eletrificados.

Em entrevista para o podcast Papo de Garagem
, Ricardo Bastos, que acumula os cargos de presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e de diretor de relações governamentais da GWM, confirmou o adiamento, e revelou que, ao menos por enquanto, não há data prevista para o início da produção no local.

“Nós não vamos começar a produção em maio. Tivemos que fazer uma mudança, uma atualização em razão das últimas decisões do governo. Não temos ainda um novo mês, mas será esse ano ainda, com certeza. O mês ainda vamos calibrar, até porque envolve presença de autoridades na inauguração”, explicou.

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Alteração de produto

Além de revelar o adiamento por tempo indeterminado do início da nacionalização dos carros no Brasil, Bastos também reafirmou que o primeiro modelo a sair das linhas de montagem da antiga fábrica da Mercedes-Benz não será a picape Poer
.

“Já alteramos o produto. Não será uma picape. Nós alteramos o produto para ser um já consolidado, no qual temos aceitação do consumidor e volume. Por isso, o primeiro produto será um SUV, e não mais uma picape. A picape vai ser o segundo produto. Ela continua no Brasil, mas não mais como primeiro produto”.

O SUV citado pelo diretor de relações governamentais da GWM, embora o executivo não tenha falado com todas as letras, será o Haval H6
, que vem dominando o segmento de híbridos no Brasil desde que chegou por aqui.

Além dele, a montadora pretende produzir mais 7 modelos no país
, entre eles a picape Poer e o Ora 03
, rival do BYD Dolphin
, e que também vem se tornando um dos carros elétricos mais vendidos do Brasil
.

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