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Gripe aviária no Brasil: deputado europeu alerta sobre sistema de controle deficiente

John Thys

O eurodeputado centrista Pascal Canfin durante uma sessão plenária no Parlamento Europeu em Bruxelas, em 10 de abril de 2024

JOHN THYS

O eurodeputado centrista Pascal Canfin, que se opõe ao acordo de livre comércio com o Mercosul, trouxe à tona, nesta quarta-feira (20), um recente relatório de auditoria europeu que aponta para a falta de garantias das autoridades brasileiras em relação à vigilância da gripe aviária em granjas de aves.

Publicada em 9 de novembro, a auditoria foi realizada pela Direção-Geral de Saúde e Segurança Alimentar da Comissão Europeia entre 15 de abril e 3 de maio de 2024 no Brasil.

O relatório conclui que o sistema implantado pelas autoridades brasileiras “oferece garantias suficientes de que os produtos que provavelmente serão exportados para a UE atendem à maioria dos requisitos aplicáveis às importações, com exceção da vigilância da gripe aviária altamente patogênica (HPAI), que pode não ser suficiente para detectar a doença o mais cedo possível”.

Em particular, a auditoria recomenda “garantir que o programa de vigilância da HPAI seja adequado para a detecção precoce da doença”.

Aos olhos de Pascal Canfin (Renovar Europa), esse relatório “ilustra que o sistema de controle da gripe aviária no Brasil é totalmente deficiente”. O eurodeputado vê isso como “mais um motivo para se opor ao Mercosul”.

“Não haveria risco” para a saúde, já que o vírus não é resistente ao cozimento, mas o deputado denunciou “concorrência desleal para nossos agricultores”, porque “na Europa, quando um caso de gripe aviária altamente patogênica é declarado, as restrições comerciais e o abate de aves são obrigatórios”.

Só o Brasil é a segunda maior fonte de importações agrícolas da UE, depois do Reino Unido.

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