quinta-feira, 4 de setembro de 2025

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Gemini bloqueia prompts sobre candidatos, mas deixa brechas

Gemini bloqueia prompts sobre candidatos, mas deixa brechas
André Lourenti Magalhães

Gemini bloqueia prompts sobre candidatos, mas deixa brechas

IA generativa do Google
, o Gemini adotou uma postura restritiva com relação a algumas perguntas sobre eleições neste ano. Ao citar o nome de um candidato a um cargo político eletivo, a plataforma bloqueia o prompt e exibe uma resposta padronizada.

O comentário padrão do Gemini diz que ele “ainda está aprendendo como responder à pergunta” e sugere que a pessoa use a pesquisa do Google no lugar do chatbot
. O texto é válido para questionamentos sobre políticos do Brasil e de fora que disputam alguma eleição em 2024.

O site TechCrunch informa que o Google confirmou algumas restrições para limitar as respostas às perguntas sobre o tema e tal bloqueio já está disponível em alguns dos principais países que vão passar por um período eleitoral.


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Bloqueia, mas nem tanto

A princípio, a restrição do Gemini ocorre em prompts que começam com “quem é [nome da pessoa]?”. Testes feitos pelo Canaltech
revelam a mesma resposta da IA a perguntas sobre candidatos de Brasil, Estados Unidos e Itália, por exemplo.

Porém, a situação muda quando o prompt não envolve nenhum nome de candidato. No teste feito pelo Canaltech
, ao perguntar sobre os candidatos favoritos para para as eleições municipais de São Paulo (SP), por exemplo, o Gemini traz um resumo com alguns dos nomes mais comuns. No entanto, usar qualquer um desses nomes vai gerar a mensagem automática de bloqueio.

O Canaltech
entrou em contato com o Google e aguarda um retorno da companhia a respeito do tema. A matéria será atualizada assim que houver um posicionamento oficial.

IA e eleições

A medida pode ser interpretada como muito brusca, mas é um dos primeiros exemplos de limitar o uso da IA generativa durante eleições. Como a tecnologia
ainda é muito nova, parece necessário implementar algumas medidas para conter o avanço de fake news e outros usos maliciosos das ferramentas no período.

A OpenAI, por exemplo, proibiu que as pessoas usem seus respectivos produtos (ChatGPT e DALL-E) para simular candidatos políticos
e pretende criar uma espécie de marca d’água para identificar imagens geradas por IA.

No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral publicou uma resolução que veta o uso de deepfakes

e exige que ferramentas do segmento mostrem um alerta de que o conteúdo foi produzido de forma artificial.

Leia a matéria no Canaltech
.

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