94,6% dos crimes cibernéticos praticados em 2022 foram fraudes financeiras, aponta o relatório Data Breach Investigations Report, da Verizon. Seja através de informações pessoais roubadas ou de ataques diretos, o objetivo dos criminosos é ter algum tipo de compensação financeira.
Segundo o levantamento, 24% de todas as violações de dados incluíram o uso de ransomware. Em constante ascensão, esse tipo de sistema malicioso infecta dispositivos de empresas ou órgãos governamentais e “sequestra” as informações presentes neles, pedindo um resgate para não realizar o vazamento das mesmas.
Anchises Moraes, especialista em cibersegurança da Apura Cyber Intelligence, empresa brasileira que contribuiu com o relatório, afirma que “chama a atenção o fato de 74% das violações incluírem o elemento humano”, indo além das falhas técnicas.
“As fraudes contam com o envolvimento de pessoas que caem em golpes, seja por erro, seja por uso indevido de privilégio, uso de credenciais roubadas ou engenharia social”, afirma o especialista.
O relatório aponta, ainda, que 83% das violações envolveram atores externos às empresas atacadas, e que 70% deles estão relacionados ao crime organizado. Isso demonstra a força que o cibercrime vem ganhando ano a ano.