Uma forte explosão aconteceu no Sol na sexta-feira (9). O fenômeno foi de alta intensidade e chegou ao auge às 10h10 no horário de Brasília, causando blecautes de rádio em partes da América do Sul, da África e do Atlântico sul.
A emissão de partículas veio da mancha solar AR3576, a mesma que originou uma explosão de classe M e erupção de partículas de plasma na semana passada — esta mancha é tão grande que foi fotografada pelo rover Perseverance
, em Marte.
Esta explosão foi classificada como X, categoria que inclui aquelas com maior intensidade.
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A boa notícia é que a mancha se moveu na quinta-feira (8), o que fez com que a Terra escapasse do impacto direto das partículas da explosão. Em uma publicação no X/ Twitter
, o heliofísico Alex Young ressaltou que a erupção estava acompanhada de uma onda coronal, que indica a ocorrência de uma ejeção de massa coronal.
🌞 😱 🤩 X FLARE!!! An X3.4 from departed region AR3575. Given that it is over the limb the flare is much larger. There was a clear eruption with a coronal wave suggesting a very fast CME to the west. Waiting for more imagery. 😮 🤩 🤔
MORE at EarthSky: https://t.co/xD29wLfm4e
pic.twitter.com/y57XmBgv4e— Dr. C. Alex Young (@TheSunToday) February 9, 2024
As ejeções de massa coronal são grandes emissões de plasma e campos magnéticos do Sol, e se atingirem a Terra, podem causar tempestades geomagnéticas
. Como a mancha que causou o fenômeno estava no extremo sul do Sol, é pouco provável que as partículas do fenômeno tenham impactado diretamente nosso planeta.
Mesmo assim, as emissões de raios X e radiação ultravioleta liberadas pelos fenômenos causaram blecautes de rádio em uma área ampla. Como o Sol está se aproximando do período de maior atividade em seu ciclo
, mais eventos do tipo devem acontecer.
CME WATCH – 2024.02.09: pic.twitter.com/PflDp2ZG04
— Keith Strong (@drkstrong) February 10, 2024
Se tiverem alta intensidade, as erupções solares e as ejeções de massa coronal podem causar problemas
para satélites no espaço e nos sistemas elétricos na Terra. Por isso, cientistas que estudam o clima espacial e nosso astro monitoram atentamente a atividade solar.
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