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Falha geológica pode causar megaterremotos e tsunamis nos EUA

Fidel Forato

Falha geológica pode causar megaterremotos e tsunamis nos EUA

Encontrada sob grande parte dos Estados Unidos e do Canadá, a zona de subducção de Cascadia é uma gigantesca falha geológica costeira que pode provocar megaterremotos (ou megassismos)
e tsunamis de 30 m de altura com alto poder de destruição. Apesar dos riscos, os sismólogos ainda buscam ferramentas para prever eventuais desastres.

Para ser específico, a zona de subducção de Cascadia vai do norte do estado da Califórnia até o Canadá, passando por Oregon e Washington. A falha geológica, com imenso poder de devastação, beira o Oceano Pacífico.

Ali, a placa oceânica Juan de Fuca colide com a placa tectônica
da América do Norte, sendo que a mais densa (a oceânica) mergulha por baixo da mais leve (a continental), criando uma zona de subducção
.


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A seguir, entenda o que é uma zona de subducção:

Zona de Subducção de Cascadia

Em 1700, a região de Cascadia foi, pela última vez, afetada severamente pelo movimento das placas tectônicas, o que causou intensos terremotos na região. No entanto, esses episódios tendem a se repetir a cada 500 anos, como sugerem os geólogos especializados na análise da falha geológica. Então, há algum tempo para se preparar.

Em tese, novos movimentos da zona de subducção podem provocar terremotos com uma magnitude superior aos 9 graus da escala Richter
. Os tsunamis também podem ser tão severos quanto o registrado em 2011 no Japão, causando a tragédia de Fukushima
.

Risco de megateromotos e tsunamis nos EUA

Publicado na revista Science Advances, um novo estudo busca dimensionar melhor as estruturas e a mecânica subterrânea da zona de subducção de Cascadia, com o objetivo de definir possíveis cenários e impactos — até o momento, nenhuma tecnologia disponível consegue prever terremotos
.

“Os modelos [e mapas da região] utilizados pelas agências públicas se baseiam num conjunto limitado de dados antigos e de baixa qualidade da década de 1980”, afirma Suzanne Carbotte, geofísica marinha e pesquisadora da Columbia Climate School, em nota.

A zona de subducção “tem uma geometria muito mais complexa do que se supunha anteriormente. O estudo fornece uma nova estrutura para avaliação de riscos de terremotos e tsunamis”, acrescenta.

Para fazer esse primeiro levantamento, os pesquisadores a bordo de um navio na costa dos EUA penetraram o fundo do mar com equipamentos que emitem pulsos sonoros e converteram os ecos gerados em imagens. O processo é semelhante ao que os médicos fazem para gerar imagens internas do corpo humano.

Entre as conclusões, está o fato de que a zona não é composta por uma estrutura contínua, mas, na verdade, por quatro grandes blocos. É possível que eles estejam isolados dos movimentos dos outros. “Há muito mais complexidade aqui do que se inferia anteriormente”, pontua Carbotte.

A seguir, veja o novo mapa da zona de subducção de Cascadia. Na imagem, as ilhas pretas diagonais representam cada uma dos quatro grandes segmentos. Além disso, as diferentes cores indicam a profundidade da falha, sendo que o amarelo representa os pontos mais rasos e o roxo é símbolo dos mais profundos:

Medidas de segurança

O próximo passo da equipe é transformar as informações captadas em dados práticos e, com isso, ajudar as autoridades públicas a definirem normas de construção contra terremotos de alta magnitude
, por exemplo. Outras medidas podem ser adotadas para evitar tragédias no futuro dos EUA e do Canadá.

Leia a matéria no Canaltech
.

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