sexta-feira, 17 de maio de 2024
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Estudo com ratos faz primeiro transplante de rim entre fetos

Nathan Vieira

Estudo com ratos faz primeiro transplante de rim entre fetos

Depois do primeiro cérebro híbrido de rato e camundongo
, outro estudo com roedores chega no último dia 20 para fazer história ao relatar o primeiro transplante de rim entre fetos (ou seja, de um feto para outro) enquanto ainda estavam no útero.

O artigo escrito por cientistas japoneses e disponibilizado, ainda sem revisão por pares, na bioRxiv,
diz que esse transplante de tecido renal foi um sucesso, que inclusive pode abrir portas para transplantes em humanos.

Por falar em complicações, o que guiou a elaboração dos experimentos foi uma condição chamada síndrome de Potter, que afeta o desenvolvimento dos rins.


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A grande questão em torno dessa síndrome é que os bebês afetados não costumam sobreviver por tempo suficiente para receber um tratamento. Uma solução na mira dos cientistas é o transplante de rins fetais de porco em fetos humanos. Por isso o sucesso desse primeiro transplante com os ratinhos é visto com tanto otimismo.

No relatório divulgado pela Nature
, os cientistas afirmam que “o projeto é o primeiro desse tipo” e que “os dados são animadores”. Mas existe uma longa trajetória pela frente. O estudo não foi nem revisado ainda, por exemplo.

Transplante de rim entre ratos

De qualquer forma, o procedimento funcionou assim: a primeira etapa foi anestesiar as mães. Em seguida, remover os rins dos fetos e injetar através da parede uterina.

Para que pudessem verificar se o tecido foi transferido com sucesso, os cirurgiões tiveram uma ideia criativa: os rins foram marcados com uma proteína verde fluorescente.

Ao todo, nove fetos participaram do estudo. Só um não teve rastros da proteína fluorescente ao nascer. Os rins se desenvolveram normalmente.

Quando falamos de transplantes, uma preocupação é sempre a rejeição por parte do organismo. Mas nesse caso, os pesquisadores tiveram uma surpresa positiva: os próprios vasos sanguíneos do rato hospedeiro começaram a crescer dentro do tecido do doador.

Isso significa que o organismo aceitou sem problemas, o que deixa os responsáveis pelo estudo ainda mais esperançosos de que seja um primeiro passo rumo a transplantes.

E um passo maior ainda na direção dos transplantes entre diferentes espécies
— os cientistas também fizeram experiências com rins fetais de camundongos, o que também deu certo.

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.

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