sábado, 23 de novembro de 2024
Campo Grande
33°C

Rádio SOUCG

  • ThePlus Audio

Enormes montanhas submarinas são achadas por anomalias gravitacionais

Augusto Dala Costa

Enormes montanhas submarinas são achadas por anomalias gravitacionais

Pesquisadores oceânicos descobriram quatro montanhas submarinas enormes no Oceano Atlântico, uma delas com 2.681 metros de altura, quase três vezes maior que o Burj Khalifa, o maior arranha-céu do mundo. A identificação foi feita pelo navio de pesquisa Falkor (too) no mês passado, quando ia de Golfito, na Costa Rica, até Valparaíso, no Chile.

O achado vem de outra descoberta ainda em novembro de 2023 pelo mesmo navio, pertencente ao Schmidt Ocean Institute, que esbarrou em uma montanha de 1.600 metros (duas vezes o Burj Khalifa)
no fundo das águas internacionais próximas à Guatemala. Já os quatro montes mais recentes medem entre 1.591 metros e 2.681 metros.

Mapeando o fundo do mar

A localização dos enormes picos submarinos foi revelada ao medir anomalias gravitacionais pelo mar. Estruturas geológicas nas profundezas
exercem um pequeno efeito na superfície do mar — uma trincheira profunda causa uma leve depressão nas águas, enquanto um grande monte acaba fazendo uma “bolha” convexa na superfície.


Siga no Instagram
: acompanhe nossos bastidores, converse com nossa equipe, tire suas dúvidas e saiba em primeira mão as novidades que estão por vir no Canaltech.

Geralmente, montes submarinos possuem escarpas muito íngremes e são restos de vulcões extintos
, o que faz com que se tornem grandes abrigos para a biodiversidade
, providenciando superfície, alimento e nutrientes. Achá-los revela muito sobre a vida na Terra, e é um dos aspectos que faz a equipe do Schmidt Ocean Institute buscá-los e estudá-los.

Montanhas submarinas podem ser enormes — em termos técnicos, a maior montanha do planeta é a Mauna Kea, no Havaí— um vulcão submarino dormente
com 10.210 metros de altura, contra “apenas” 8.849 do Everest.

Desde 2012, o Schmidt Ocean Institute já mapeou 1,44 milhões de km² do fundo do mar, quase 25% de toda sua extensão a uma resolução de 100 metros de profundidade. A equipe espera mapear todo o solo oceânico no final da década, somando 360 milhões de km².

Segundo especialistas, a importância de um mapeamento completo do leito oceânico é muito importante, já que nos ajuda a proteger melhor o planeta e a manejar seus recursos de forma sustentável. O oceano é a “fronteira final” da ciência, e, com cerca de 75% dele ainda a ser descoberto, ainda há muito que aprender com a imensidão das águas.

Leia a matéria no Canaltech
.

Trending no Canaltech:

Fonte

Enquete

O que falta para o centro de Campo Grande ter mais movimento?

Últimas