quinta-feira, 19 de junho de 2025

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É possível estudar Funk?

Racismo também se manifesta em salas de doutoradoIA

Eu, que não gosto do algoritmo digital das redes sociais, preciso agradecê-lo. Foi ele que me apresentou o Thiagson — doutor em música, professor, funkeiro e, principalmente, transgressor. Um ativista do pensamento crítico. A conversa que tivemos é daquelas que desmontam certezas e obrigam a gente a revisar o que acha que sabe.

Falamos sobre como o funk ainda é alvo de preconceito racial travestido de crítica estética. Sobre como a universidade brasileira ainda cultua o corpo casto e a mente colonizada. Sobre como a moral cristã atua nos círculos acadêmicos. E também sobre como o OnlyFans pode ser uma extensão do pensamento crítico — sim, é isso mesmo que você leu.

Thiagson é um artista que pensa. Um pesquisador que provoca. Um corpo que incomoda. E talvez justamente por isso, ele seja o tipo de presença que um podcast mais precisa.

Também falamos de algoritmos, da pasteurização da arte, da fórmula do hit e da fantasia de originalidade que a indústria cultural nos vende. E, mais importante: falamos sobre o que ainda resta de humano quando até a composição musical começa a ser terceirizada para máquinas.

No fundo, essa conversa é um convite para olhar no espelho e se perguntar: o que ainda é meu, e o que já é programado?

Pensar o futuro exige escavar o presente. E entender a cultura é entender também o mercado, a política, o corpo, o gozo e o incômodo.

Aperte o play.

Ou melhor: tire o sapato. Mas mantenha o respeito.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG

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