A forma como as pessoas se alimentam pode impactar o planeta, já que o consumo excessivo de carne vermelha está conectado ao desmatamento e à emissão de poluentes
. Pensando nisso, cientistas de diferentes partes do globo desenvolveram a Dieta da Saúde Planetária (PHD), uma forma de alimentação saudável e sustentável, com benefícios cientificamente comprovados. Inclusive, diminui o risco de morte precoce.
A Dieta da Saúde Planetária foi desenvolvida em 2019, com a proposta de reduzir o consumo de carne vermelha
e laticínios, enquanto estimula o consumo de vegetais. Nada é proibitivo, apenas as proporções são revisadas.
Agora, pesquisadores da Universidade Harvard, nos EUA, demonstraram que essa dieta planetária pode fazer tão bem para os humanos quanto para o meio ambiente, após analisar dados sobre a alimentação de aproximadamente 200 mil pessoas. O estudo foi publicado na revista The American Journal of Clinical Nutrition
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O que é Dieta da Saúde Planetária?
Antes de seguir, vale definir o que é a Dieta da Saúde Planetária. É uma forma de alimentação em que as porcentagens de consumo de carne vermelha, laticínios e de açúcar são reduzidas. Enquanto isso, a ingestão de frutas e legumes são estimuladas
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A seguir, confira alguns parâmetros da dieta planetária:
- Consumo livre de vegetais;
- Ingestão de frutas;
- Inclusão de grãos integrais;
- Consumo de leguminosas, como feijão;
- Adição de nozes e outras sementes;
- Comer peixes;
- Redução no consumo de carne vermelha e de laticínios;
- Comer menos açúcar;
- Reduzir a ingestão de grãos refinados.
Benefícios da dieta desenvolvida por cientistas
No recente estudo, os pesquisadores de Harvard analisaram dados de dezenas de milhares de pessoas que não necessariamente seguiam a Dieta da Saúde Planetária. Cada participante recebeu uma pontuação com base em 15 critérios alimentares dessa dieta — quanto maior a pontuação, mais próximos dessa forma de alimentação sustentável estavam.
Segundo os autores, o risco de morte precoce é 30% menor nos 10% dos participantes que mais aderiram à dieta, em comparação com os 10% que menos aderiram a essa forma de alimentação.
Todas as principais causas de morte, como câncer, doenças cardíacas e doenças pulmonares, foram menos comuns entre aqueles que se alimentavam bem e de forma sustentável.
Outra vantagem importante é que seguir essa dieta implica em menores danos ambientais. As pessoas que mais seguiam a dieta planetária emitem 29% menos gases do efeito estufa, através da alimentação, que os menos adaptados a esses parâmetros. Eles também demandam menos 51% de terras agrícolas e 21% menos fertilizantes.
Efeito da comida no planeta
“As mudanças climáticas
colocam o nosso planeta no caminho para um desastre ecológico, e o nosso sistema alimentar desempenha um papel importante [nesse problema]”, explica Walter Willett, professor de epidemiologia e nutrição em Harvard e autor do estudo, em nota.
“Mudar a forma como comemos pode ajudar a retardar o processo de mudança climática. E o que é mais saudável para o planeta também é mais saudável para os humanos”, completa Willett, com base nas novas evidências científicas.
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