Destaque da NASA: Nebulosa da Cabeça do Golfinho na foto astronômica do dia
A foto destacada pela NASA
nesta sexta (4) traz SH2-308, uma bolha cósmica com formato que lembra o da cabeça de um golfinho
. Por isso, ela é popularmente conhecida como Nebulosa da Cabeça do Golfinho, um apelido bastante adequado.
Catalogada como Sharpless 2-308, esta bolha cósmica fica a cerca de 5 mil anos-luz de nós em direção à constelação Canis Major, o Cão Maior. Ela tem 60 anos-luz de diâmetro, sendo um pouco maior que a Lua na fase cheia
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Mas, afinal, de onde veio esta estrutura curiosa? Para descobrir, é só observar a parte central da foto, onde há um ponto brilhante. O pontinho em questão é uma estrela do tipo Wolf-Rayet.
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As estrelas deste tipo são 20 vezes mais massivas que o Sol. Além disso, elas estão em uma etapa curta dos seus ciclos, que logo vai dar lugar a uma poderosa explosão de supernova.
No caso, os ventos estelares da estrela em questão empurraram o material de outra frase do ciclo evolutivo da estrela. Como resultado, eles formaram a nebulosa em formato de bolha.
Estrelas Wolf-Rayet
As estrelas do tipo Wolf-Rayet (ou apenas WR, se preferir), como aquela no centro da Nebulosa da Cabeça do Golfinho, são fascinantes. Elas são como o último suspiro das estrelas antes de encerrar seus ciclos.
Como são bem mais massivos que o Sol, estes astros têm vidas curtas e intensas: eles evoluem mais rapidamente e vivem por menos tempo em comparação com nosso Sol. Além disso, as estrelas WR não têm mais elementos leves para a fusão nuclear
que sustenta suas estruturas.
Assim, a estrela WR precisa tentar manter o equilíbrio realizando a fusão de elementos que têm mais átomos (como o oxigênio), o que faz com que gere mais calor e radiação. Então, a estrela começa a liberar ventos a até 9 milhões de quilômetros por hora, e perde suas camadas mais externas.
Só que, em algum momento, a estrela vai ficar sem reservas de elementos para a fusão nuclear. Quando chegam a esta etapa, as estrelas WR explodem em supernovas e espalham elementos pelo universo.
Futuramente, tais elementos vão ser aproveitados por outras gerações de estrelas.
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