quinta-feira, 24 de julho de 2025

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Como o Google está blindando os usuários contra fraudes digitais

Divulgação/Google

Google usa IA para bloquear fraudes antes de atingir usuários

Phishing , golpes famosos no noticiário e anúncios falsos são apenas algumas das ameaças digitais  que rondam os usuários brasileiros. Para combatê-las, o Google aposta em uma combinação poderosa: inteligência artificial sofisticada, políticas internas atualizadas em tempo real e uma rede global de profissionais que operam 24 horas por dia — inclusive no Brasil.

“Hoje, a IA é a nossa maior aliada na detecção preventiva de fraudes em toda a nossa gama de produtos”, afirma, ao Portal iG, Priscila Couto, da área de Trust and Safety do Google. Segundo ela, o sistema identifica conteúdos violativos antes mesmo que cheguem aos olhos dos usuários. Isso inclui tentativas de golpe em anúncios, na busca e no Gmail.

O exemplo mais claro dessa atuação está nos números: só em 2024, o Google removeu 201 milhões de anúncios violativos e suspendeu 1,3 milhão de contas no Brasil. Em muitos casos, os anúncios foram barrados antes mesmo de serem exibidos.

Gmail
Unsplash/Solen Feyissa

Gmail

A engenharia da proteção no Brasil

No caso do Gmail, existe uma equipe de engenharia com base no Brasil focada exclusivamente em torná-lo mais seguro contra spam , fraudes e phishing .

“Muita gente nota a diferença da eficiência do Gmail em comparação a outros serviços de e-mail. E isso acontece porque há uma equipe brasileira que trabalha diariamente para isso”, explica Priscila ao iG.

Mas o combate não se restringe a e-mails e anúncios. O Google atua também com adaptações constantes em suas políticas, moldadas não apenas pelas legislações locais, mas também pelos costumes e transformações sociais.

Phishing
FreePik

Phishing

O exemplo mais recente foi a atualização, em tempo real, da política de anúncios após a regulamentação das apostas on-line no Brasil, em outubro de 2023.

Golpes que acompanham o noticiário

As ameaças digitais também variam de país para país. No Brasil, segundo Priscila Couto, os golpistas costumam explorar situações em evidência na sociedade. Um exemplo citado por ela foram os golpes que surgiram após a descoberta de descontos irregulares em salários de aposentados.

“Os maus atores observam o que está acontecendo e usam essas situações como gancho para novos esquemas. Seja em phishing, aplicativos falsos ou anúncios enganosos, eles sempre aproveitam o momento”, diz.

Anúncios falsos
FreePik

Anúncios falsos

Denúncias são vistas (e fazem diferença)

Um dos maiores mitos entre os usuários é achar que suas denúncias “não vão dar em nada”. Segundo Priscila, isso não é verdade. Todas as plataformas do Google, como a Busca, o Gmail e o YouTube, possuem ferramentas integradas para denúncias e essas sinalizações são analisadas por inteligência artificial e, se necessário, por moderadores humanos fluentes no idioma local.

“Quando você denuncia algo em português do Brasil, sua denúncia será lida por alguém que fala português do Brasil (mesmo que essa pessoa esteja em outro fuso horário). O sistema funciona 24 horas por dia, sete dias por semana”, garante. Além disso, as denúncias ajudam a treinar ainda mais os sistemas de IA para futuras detecções.

Atenção aos grupos vulneráveis

Crianças, adolescentes e idosos estão entre os grupos mais vulneráveis aos riscos digitais e o Google afirma ter iniciativas específicas para protegê-los. Para os menores de idade, a recomendação é clara: ao criar uma conta, os responsáveis devem sempre informar a idade real da criança.

Family Link
Divulgação Google

Family Link

“Quando a conta é criada com a idade correta, o sistema aplica automaticamente proteções que não podem ser desativadas”, explica Priscila.

Além disso, há o Family Link, aplicativo gratuito que permite o controle parental de dispositivos Android, possibilitando aos pais monitorar o uso de apps, definir limites de tempo e ativar o “Horário Escolar”, função que permite bloquear parcialmente ou totalmente o celular durante as aulas.

Para os idosos, o Google realiza campanhas educativas, especialmente durante o Dia da Internet Segura, além de firmar parcerias com ONGs e entidades da sociedade civil que promovem cursos sobre educação digital e prevenção a fraudes.

Colaboração com o setor público e privado

Outro diferencial na estratégia da empresa é o programa Priority Flaggers , uma rede de parceiros, como bancos, governos e entidades como o CONAR, que possuem canal direto com o Google para sinalizar conteúdos suspeitos ou violativos. Essa colaboração é essencial para compreender o contexto de fraudes específicas de cada setor e alimentar os sistemas de IA com dados reais.

“Esses parceiros nos ajudam a ter um olhar mais apurado sobre determinados casos. É como colocar mais um tijolinho no muro que nos protege dos maus atores”, explica Priscila Couto.

Celular roubado? Tem solução

E se o problema for físico, como o roubo do celular? O Google também oferece soluções. Para quem tem Android, há novas configurações que permitem o bloqueio remoto e até automático do dispositivo, mesmo se estiver offline. A função já vem ativada por padrão em celulares novos vendidos no Brasil e pode ser habilitada manualmente nos modelos mais antigos.

Para ativar, é simples: vá em “Configurações” do Android, digite “roubo” na barra de busca e siga as instruções para ativar as proteções.

“Essa medida ajuda a impedir que dados e contas sejam acessados por terceiros”, reforça.

Quer aprender mais? Procure os canais oficiais

Quem quiser aprender mais sobre segurança digital pode visitar a Central de Ajuda do Google ou procurar por termos como Family Link, segurança no Gmail ou proteção no Android diretamente na busca do Google onde, aliás, o próprio Gemini(IA da empresa) já exibe resumos confiáveis no topo dos resultados.

“Se até nós, que trabalhamos com tecnologia, às vezes temos dúvidas sobre o que é golpe ou não, imagina o usuário comum. Por isso, falamos com tanta clareza: procure os canais oficiais e denuncie. Nós estamos ouvindo”, conclui.

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