domingo, 22 de dezembro de 2024

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Com 200 milhões de anos, novo ancestral dos mamíferos era gaúcho

Augusto Dala Costa

Com 200 milhões de anos, novo ancestral dos mamíferos era gaúcho

Paleontólogos encontraram, na cidade gaúcha de Dona Francisca, uma nova espécie de antepassado dos mamíferos
, já diferente dos répteis, mas sem sangue quente e outras características dos seus ascendentes. O animal em questão é um cinodonte, datado entre 241 milhões e 236 milhões de anos atrás, identificado a partir de um crânio encontrado no município em 2019 pelos cientistas Lúcio Roberto da Silva e Sérgio Cabreira.

O espécime foi mantido em um arquivo científico até seu estudo, mais de dez anos depois, pelo paleontólogo Leonardo Kerber, do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Com a análise, foram descobertas diferenças importantes o bastante para nomear uma nova espécie — Paratraversodon franciscaensis
.

O ancestral gaúcho dos mamíferos

Além de estudar as características em laboratório, a equipe também realizou tomografias no fóssil preservado no RS, mostrando estruturas invisíveis a olho nu, mas muito importantes para sua diferenciação dos outros cinodontes. Foi possível verificar, por exemplo, como era a parte interna do crânio do animal, permitindo suposições parciais sobre seu cérebro e sua fisiologia, por consequência.


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Assim, sabemos que o P. franciscaensis
era herbívoro, tinha aproximadamente um metro de comprimento e tinha uma fisiologia entre a dos mamíferos e répteis herbívoros. Ele era, por exemplo, ectotérmico — tinha sangue frio
— e não era coberto por pelos, como as espécies mamíferas modernas
costumam ser.

No período Triássico (252 milhões – 201 milhões de anos atrás), aliás, a maioria dos animais era ectotérmica, pois o clima da Terra era muito mais quente.

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.

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