Num mar de vozes tentando viralizar, talvez a última coisa que o mundo precise seja de mais alguém falando. Mas e se, em vez de falar para as pessoas, a gente voltasse a falar com elas? E se, ao invés de respostas fáceis, entregássemos perguntas incômodas? Foi com essa inquietação que nasceu o Inteligência Orgânica.

No episódio de estreia, converso com o filósofo Clóvis de Barros Filho sobre um tema que nos atravessa de todos os lados: a morte lenta do pensamento livre. Estamos vivendo o colapso da educação crítica? O professor virou um personagem obsoleto? A inteligência artificial pode, de fato, ocupar esse lugar?

Nossa conversa foi atravessada por uma angústia honesta: o que restará da liberdade intelectual se toda curiosidade for substituída por fórmulas? Quando até o saber se torna algoritmo, quem ainda está pensando com a própria cabeça?

Falamos da sedução do sucesso garantido, da educação que virou produto, da substituição do saber pela performance. E, principalmente, da dificuldade de continuar pensando quando tudo ao redor nos treina para repetir.

Clóvis, como sempre, não poupa ninguém. Nem ele mesmo. Entre provocações, memórias e reflexões filosóficas, ele nos lembra que, sem confronto, não existe aprendizado de verdade.

Esse podcast nasceu pra lembrar que, antes de qualquer inteligência artificial, ainda precisamos cultivar a mais ameaçada de todas: a inteligência orgânica.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG