segunda-feira, 5 de maio de 2025

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Cientistas revelam fratura em formato de cobra na Via Láctea

Imagem revela que estrela de nêutrons em alta velocidade perfurou “A Serpente”NASA / CXC / Universidade Northwestern / F. Yusef-Zadeh et al / NRF / SARAO / MeerKat / SAO / N. Wolk

Pesquisadores determinaram que, em estudo divulgado pela NASA esta semana, um pulsar — estrela de nêutrons em rotação rápida — atravessou um extenso filamento de rádio de 230 anos-luz no centro da Via Láctea, chamado de “A Serpente”, provocando sua fratura.

A colisão foi identificada por meio de imagens do Observatório de Raios X Chandra, combinadas com dados dos radiotelescópios MeerKAT, na África do Sul, e do Very Large Array (VLA), nos Estados Unidos, e explica como o impacto deformou o campo magnético local e gerou emissões de partículas carregadas (elétrons e pósitrons).

O Observatório de Raios-X Chandra da NASA ajudou cientistas a estudar ‘A Serpente’NASA / CXC / Ilustração de J. Vaughan

Análise das imagens

O registro feito pelo Chandra assemelha-se a um raio-X de grande escala, evidenciando o ponto exato de fratura.

A partir da superposição dos dados de rádio do MeerKAT e do VLA, os cientistas notaram um “traço” luminoso correspondente à passagem do objeto, sugerindo que o pulsar manteve uma velocidade estimada entre 1 milhão e 2 milhões de milhas por hora após o chute recebido pela explosão de supernova que o originou.

O pulsar fugitivo

Batizado formalmente de G359.13142-0.20005, o filamento é popularmente apelidado de “A Serpente” e mantem dezenas de outras estruturas semelhantes ao redor do núcleo galáctico.

Após a explosão, a estrela recebeu um impulso que a lançou através do filamento, deixando um rastro de distorções magnéticas e sinais de rádio intensos.

Estrela de nêutrons em rotação rápida atravessou um extenso filamento de rádio de 230 anos-luz no centro da Via LácteaNASA / CXC / Universidade Northwestern / F. Yusef-Zadeh et al / NRF / SARAO / MeerKat / SAO / N. Wolk

Além de desvendar a origem da fratura, o estudo reforça a ideia de que objetos compactos — mesmo após o fim da vida estelar — podem exercer influência significativa em larga escala.

A publicação, veiculada no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, aponta também indícios de excesso de raios X na região da fenda, atribuídos às partículas aceleradas durante o choque.

tecnologia.ig.com.br

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