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Cientistas descobrem a origem da gagueira no cérebro

Fidel Forato

Cientistas descobrem a origem da gagueira no cérebro

Equipe internacional de cientistas, incluindo membros da Universidade de Turku (Finlândia), descobriu a possível origem da gagueira no cérebro. O distúrbio do ritmo da fala
, marcado por repetições e pausas involuntárias, ocorre em uma região cerebral profunda, incluindo o putâmen.

Publicado na revista Brain
, o estudo é o primeiro a relacionar os diferentes tipos de gagueira a uma única região disfuncional no cérebro. No epicentro da condição, está a estrutura conhecida como putâmen, que regula a função motora. Também são afetadas a amígdala e o claustro. As três estruturas compõem parte do que é conhecido como telencéfalo.

“O putâmen regula a função motora, e a amígdala regula as emoções. O claustro, por sua vez, atua como um nó [ponto de conexão] para diversas redes cerebrais e retransmite informações entre elas”, detalha Juho Joutsa, professor de neurologia da Universidade de Turku e autor do estudo, em nota.


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“Essas descobertas explicam [a origem de] características bem conhecidas da gagueira, como as dificuldades motoras na produção da fala e a variabilidade significativa na gravidade da gagueira com a mudança dos estados emocionais”, acrescenta Juho.

Origem da gagueira no cérebro

Para descobrir a região do cérebro conectada com a origem da gagueira, os pesquisadores recorreram aos exames de ressonância magnética (MRI)
para escanear o cérebro de indivíduos com essa condição.

Entre os voluntários, estavam pessoas que desenvolveram a gagueira ainda na primeira infância e aqueles que desenvolveram a condição na fase adulta. Isso pode ocorrer após um Acidente Vascular Cerebral (derrame)
. Em ambos os grupos, os pacientes tinham as mesmas mudanças estruturais em torno da estrutura conhecida como putâmen.

Novos tratamentos

Por enquanto, a ciência ainda não desenvolveu remédios eficazes para auxiliar pessoas com gagueira a contornar essa condição, que não é um distúrbio psicológico.

Entretanto, a descoberta da origem da gagueira no cérebro pode incentivar a pesquisa por novos tratamentos, como a estimulação cerebral profunda voltada para essa rede cerebral.

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.

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