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Ciberataques no Brasil crescem 38% no 1º trimestre, aponta estudo

Bruno De Blasi

Ciberataques no Brasil crescem 38% no 1º trimestre, aponta estudo

O Brasil concentrou uma grande quantidade de ciberataques ao longo do primeiro trimestre de 2024. De acordo com um relatório da empresa de segurança digital Check Point Research, o número de ataques no país subiu 38% na comparação anual. Contudo, o México liderou o índice de crescimento de incidentes no comparativo entre as Américas.

Brasil: incidência de ataques é 38% maior

O relatório traz um retrato do ambiente de cibersegurança global entre janeiro e março com comparativos anuais entre os primeiros trimestres de 2023 e 2024. Em relação ao Brasil, a empresa indica que, na média semanal, houve 2.202 ataques por organizações no período, um aumento expressivo de 38% em relação ao ano passado.

A firma de cibersegurança também chama a atenção para uma organização no Brasil que concentrou uma média de 1.770 ataques por semana entre outubro de 2023 e março de 2024.


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O Brasil, no entanto, não puxa a lista de países que concentram a maior incidência. Veja o ranking dos países que mais sofreram ataques entre as Américas do Sul, Central e do Norte:

  1. Colômbia: 2.484 ataques (+5%);
  2. México: 2.296 ataques (+43%);
  3. Brasil: 2.202 ataques (+38%);
  4. Chile: 1.497 ataques (+5%);
  5. Argentina: 994 (-52%);
  6. Canadá: 935 (+23%);
  7. Estados Unidos: 925 (-4%).

América Latina registra queda

Já em relação a comparação por regiões, a África sai na frente na média de ataques semanais por organização e na variação anual:

  1. África: 2.372 ataques (+20%);
  2. Ásia-Pacífico: 2.133 ataques (+16%);
  3. América Latina: 1.267 ataques (-20%);
  4. Europa: 1.030 ataques (+0,4%);
  5. América do Norte: 972 (+2%).

“A América Latina mostrou uma queda de 20%, talvez indicando uma mudança de foco ou medidas defensivas aprimoradas na região”, aponta o relatório. “Outra razão poderia ser uma mudança temporária de foco por parte dos cibercriminosos em outras regiões mais vulneráveis ao redor do mundo.”

No mundo todo, a média de crescimento é de 28%.

Fornecedores de hardware em foco

A pesquisa da Check Point Research também alinhou os ataques gerais por setor. Na comparação anual entre os primeiros trimestres de 2023 e 2024, os fornecedores de hardware
concentraram o maior crescimento, de 37%. No entanto, a indústria fica para trás no acumulado de incidências, posicionado em sexto lugar.

“A crescente dependência desse setor de hardware para IoT
(Internet das Coisas) e dispositivos inteligentes torna esses fornecedores alvos lucrativos para os cibercriminosos”, explica a companhia.

No ranking, o setor de Educação e Pesquisa se destaca, com uma média semanal de 2.545 ataques por organização. Na sequência, as campanhas foram direcionadas principalmente aos setores Governamental e Militar (1.692 ataques) e Saúde (1.605 ataques).

América do Norte lidera em ransomware

No quesito ransomware
, ameaça que “sequestra” dispositivos, a América do Norte concentrou a maior porção dos quase 1.000 ataques publicados: 59%. Contudo, o maior aumento na comparação anual é visto na Europa, que teve um crescimento de 64% na quantidade de incidentes.

De todo o montante, 4% das investidas tiveram a América Latina como alvo, com uma variação anual de 14%.

Já entre os setores, a Manufatura teve a maior porcentagem no primeiro trimestre de 2024, com um crescimento de 96%. Por outro lado, a indústria de Comunicações atraiu mais atenção, pois concentrou um aumento de 177% na quantidade de ataques.

“O crescimento nos ataques cibernéticos ano a ano no setor das comunicações pode ter sido impulsionado pela rápida transformação digital, integração de tecnologias como 5G e IoT, que expandem vulnerabilidades, enquanto seu papel crítico e manuseio de dados sensíveis o tornam um alvo principal para diversas ameaças, incluindo espionagem patrocinada pelo Estado e roubo de dados”, mostra o estudo.

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