Caso do Monark e desavença de Moraes: conheça o Rumble
Nos últimos anos, plataformas alternativas como o Rumble emergiram como refúgio para criadores de conteúdo banidos de redes tradicionais como YouTube, Twitter/X e Facebook.
No Brasil, a plataforma entrou no radar após abrigar o polêmico streamer Monark e se envolver em uma disputa judicial com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Entenda o que é o Rumble e porque ele virou alvo de controvérsias.
O que é o Rumble?
Fundado em 2013 pelo CEO Chris Pavlovski, o site é uma plataforma de compartilhamento de vídeos similar ao YouTube, mas com políticas mais flexíveis de moderação. Seu crescimento acelerou a partir de 2020, quando atraiu usuários conservadores e figuras públicas de direita que alegavam censura em outras redes.
Exemplo disso é o streamer brasileiro, Bruno Aiub, conhecido como Monark, banido do YouTube após defender, em um podcast, a legalização de um partido nazista no Brasil.
Suas declarações geraram repúdio generalizado e o levaram a ser removido também do Twitch e de outras plataformas, o que levou a adoção da plataforma Rumble, onde encontrou um espaço para continuar suas transmissões.
O embate com Alexandre de Moraes
A relação do Rumble com o Brasil se complicou em 2025, quando o ministro Alexandre de Moraes, suspendeu o acesso a plataforma no país pelos conteúdos contendo ataques às instituições democráticas e disseminação de discurso de ódio e desinformação.
A suspensão se deu devido a empresa não cooperar adequadamente com as requisições do STF.
Em recente atualização, a plataforma, juntamente com a empresa de mídia do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entram com ação na Justiça dos EUA contra Alexandre de Moraes alegando ataques a liberdade de expressão.
O caso de Monark e o embate com o ministro do STF ilustram como plataformas como o Rumble se tornaram arenas digitais de conflitos que transcendem o mundo online.
Enquanto defensores veem nessas redes alternativas um reduto da liberdade de expressão, críticos alertam para o risco de que, sem critérios claros de moderação, esses espaços amplifiquem discursos extremistas e desinformação.