Uma das séries brasileiras de maior sucesso da Netflix
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Bom Dia, Verônica
está prestes a estrear a sua terceira — e ao que tudo indica, última — temporada. Com apenas três episódios de uma hora cada, a obra encerra a história que começou em 2020 e acompanhou a escrivã da polícia civil, Verônica Torres, tentando desarticular uma perigosa quadrilha de tráfico humano e infantil.
Vivida por Tainá Muller, a policial enfrentou todos os tipos de perigo possível, precisou trocar de identidade, se esconder, lidar com trocas de tiros e encarar as consequências de enfrentar uma das gangues mais perigosas do Brasil. Agora, ela terá que enfrentar o Doum, o líder do esquema criminoso, para resgatar a própria filha. Mas antes de dar o play nos novos episódios, que tal relembrar tudo que aconteceu até aqui?
Qual é a história de Bom Dia, Verônica: retrospectiva
A série da Netflix, baseada no livro homônimo de Raphael Montes e Ilana Casoy, começa mostrando a escrivã tentando ajudar Janete (Camila Morgado), uma mulher que é casada com o, também, policial Brandão e sofre violência doméstica. Acontece que ao se aprofundar na história da vítima, Verônica descobre que Brandão é muito mais cruel do que ela poderia imaginar.
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Além de bater na esposa, ele periodicamente a leva para uma espécie de matagal onde prende a sua cabeça em uma caixa de pássaros enquanto violenta e mata cruelmente outras mulheres que ele escolhe sequestrar.
A situação se repete com frequência, e revela o sadismo que Brandão tem em estuprar mulheres. Apesar de ser totalmente contra o que o marido faz, Janete é tão acuada e vulnerável que demora a conseguir denunciá-lo para a delegada.
Felizmente isso acontece tempos depois, e Verônica consegue dar um fim a vida de Brandão, prendendo-o na caixa de pássaros e queimando-o vivo.
Janete, enfim, fica livre, e Verônica tem que forjar a própria morte e assumir a identidade dela para conseguir fugir dos bandidos que a estão ameaçando. Ela descobre que, na verdade, Brandão fazia parte de uma espécie seita no qual os membros seriam chamados de Cosme, Damião e Doum.
Resumo da 2ª temporada de Bom Dia, Verônica
Na segunda temporada, Verônica está ainda mais implacável e imparável, e vai atrás dos outros dois criminosos que restam (o Damião e o Doum). É assim que ela encontra o grande vilão; o missionário Matias Cordeiro. Vivido por Reynaldo Gianecchini, ele é um homem que diz ter o dom da cura, e utiliza o desespero dos seus fiéis para atrair mulheres vulneráveis para a sua casa, estuprá-las e engravidá-las.
Tudo é mostrado de uma maneira muito mais sutil, mas igualmente assustadora. Além de Matias, outras duas novidades na trama são Ângela (Klara Castanho) e Gisele (Camila Márdila), a filha e esposa dele respectivamente.
Submissas, elas são reféns de Matias tanto emocionalmente quanto fisicamente, e contam com a ajuda de Verônica — ainda que a princípio a contragosto — para se libertarem. Ao final da temporada, é descoberto que Gisele além de esposa do missionário também é sua filha, já que ele estuprou e matou sua mãe.
Quem é o Doum de Bom Dia, Verônica?
A segunda temporada termina deixando uma grande dúvida no público: afinal, quem é Doum, o grande líder por trás do esquema criminoso? Nos três novos episódios, essa questão será respondida e a trama explicará também as motivações por trás do personagem.
Sem entregar spoilers ao público, Tainá Muller e Rodrigo Santoro participaram de uma coletiva de imprensa na qual comentaram sobre os seus personagens. Ela disse que, ao contrário de Verônica, seguiria estritamente o caminho da lei ao se deparar com situações parecidas com as que a protagonista enfrentou.
“Eu acredito na democracia e nas instituições e, para mim, não tem caminho fora da lei, porém estamos falando de uma personagem que vai se tornando cada vez mais uma personagem de HQ, e todos eles têm muitas contradições, luzes e sombras. Ao longo das temporadas, a Verônica vai se deparando com suas próprias sombras.”
Já Santoro comentou sobre a violência mostrada na série e o motivo da nova temporada ter apenas três episódios.
“Eu acho que a violência vem sendo discutida desde a primeira temporada, assim como o abuso dos anos de patriarcado, mas nesta, outro tema é levantado: a busca pela perfeição.”
Sobre a escolha dos capítulos, Santoro acha que a trama ganhou mais força dessa maneira.
“Eu acho que a decisão de se fazer três episódios, ao invés de seis, de oito, é baseada na dramaturgia. Acredito que o Raphael (Montes, autor da série) entendeu como ele queria encerrar essa história e que esse formato em três episódios seria não só o suficiente, mas também entregaria para o público capítulos mais potentes. Você pode diluir uma história em seis episódios, mas você terá um episódio diferente, onde ele não tenha tanta força como eu acredito que esses três tenham. Então, de certa forma é uma opção de concentrar esse desfecho de uma forma mais potente.”
Se Santoro tem razão ou não, o público só saberá quando assistir à última temporada da série. Lembrando que ela estreia na quarta-feira, dia 14 de fevereiro.
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