Um verdadeiro déjà vu
: um bilionário dos EUA quer levar outro submarino aos destroços do Titanic, mesmo depois de tudo o que aconteceu com o OceanGate Titan
. O magnata Larry Connor está formando uma parceria com o cofundador da Triton Submarines, Patrick Lahey, para visitar uma profundidade de cerca de 3,8 mil metros no Oceano Atlântico Norte.
No entanto, de acordo com um porta-voz da empresa, essa viagem só deve acontecer quando o submersível for totalmente certificado por uma organização marítima. Por isso, ainda não há prazo para a expedição planejada.
Ainda assim, já tem um submersível candidato para essa missão: o Triton 4000/2 Abyssal Explorer, que é supostamente seguro para mergulhar a até 4 mil metros de profundidade.
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Em entrevista ao The Wall Street Journal
, o investidor conta que entrou em contato com o CEO da Triton poucos dias após a implosão do submarino Titan
e expressou interesse em recriar o mergulho em um submarino diferente.
Uma nova chance ao Titanic
Na ocasião, apresentou o argumento de que isso seria para “mostrar às pessoas em todo o mundo que, embora o oceano seja extremamente poderoso, ele pode ser maravilhoso e agradável e realmente transformador se você fizer isso da maneira certa”.
Vale a curiosidade de que recentemente Connor entrou como a 1.691ª pessoa mais rica do mundo. O Connor Group vendeu mais de US$ 6 bilhões (R$ 30 bilhões) em propriedades desde 1996, dando ao seu fundador um patrimônio líquido pessoal estimado em US$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões).
Depois do desastre do Titan, a indústria de submersíveis passou por uma verdadeira crise. A OceanGate suspendeu atividades
depois do ocorrido, por exemplo. A dupla espera que uma viagem bem-sucedida volte a despertar o interesse.
Titan nos destroços do Titanic
Relembrando, então, o que aconteceu com o OceanGate Titan. O submersível foi projetado para levar pequenos grupos de pessoas em profundidades extremas, até 3.800 metros. Em 18 de junho de 2023, o submersível Titan iniciou uma expedição ao Titanic, localizado no fundo do Atlântico Norte.
A bordo do Titan estavam cinco pessoas: Stockton Rush, CEO da OceanGate, Hamish Harding, empresário e explorador britânico, Paul-Henri Nargeolet, mergulhador francês e especialista no Titanic, Shahzada Dawood, empresário paquistanês e Suleman Dawood, filho de Shahzada.
Poucas horas após o início da descida, a comunicação com o Titan foi perdida. O submersível não retornou na hora prevista, levando a uma intensa operação de busca e resgate internacional, envolvendo a Guarda Costeira dos EUA, a Marinha Canadense e outras entidades.
Em 22 de junho de 2023, destroços do Titan foram encontrados no fundo do mar, a cerca de 500 metros dos destroços do Titanic. A análise dos destroços indicou que o submersível sofreu uma implosão catastrófica, resultando na morte instantânea de todos os cinco ocupantes. A tragédia rendeu até documentários:
A causa exata da implosão ainda não é completamente conhecida, mas os especialistas sugerem que pode ter sido devido a uma falha estrutural no casco de fibra de carbono e titânio do submersível, incapaz de suportar a pressão extrema a profundidades tão grandes.
O incidente levantou várias questões sobre a segurança dos submersíveis e a regulação das expedições privadas de exploração de águas profundas, além de destacar os desafios técnicos e os riscos associados à exploração de profundidades oceânicas extremas.
E é justamente isso o que motiva a nova chance que Larry Connor quer dar para a expedição de submarino aos destroços do Titanic. Proporcionar uma nova visão sobre essas expedições.
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