Auroras polares de maio foram causadas por tempestade solar
Neste mês de maio, fortes auroras
polares foram vistas em inúmeros países, desde os europeus — como Portugal, Reino Unido e Itália — até os sul-americanos — como Argentina e Chile. Cientistas afirmam que o fenômeno se intensificou por conta de máximo solar
que trouxe tempestades de partículas vindas da nossa estrela.
Roberto Dell
’aglio Dias da Costa, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), explicou a formação das auroras
e pontuou os fenômenos comuns do Sol que influenciam na formação das cores marcantes das auroras.
O Sol e as auroras polares
Costa afirma que, na verdade, auroras são fenômenos que ocorrem em ambas as regiões polares do planeta — são, na verdade, auroras polares, recebendo o nome de aurora boreal
quando ocorrem no norte e aurora austral quando ocorrem no sul.
–
Siga no Instagram
: acompanhe nossos bastidores, converse com nossa equipe, tire suas dúvidas e saiba em primeira mão as novidades que estão por vir no Canaltech.
–
Full Moon and Aurora Borealis in Northern Norway pic.twitter.com/BAxNkWaESU
— Photographer (@photo5065) May 26, 2024
Como há mais seres humanos habitando a região norte, como no Canadá, Escandinávia e Rússia, é comum ver mais registros desse hemisfério. No sul, há apenas alguns cientistas habitando sazonalmente a Antártida, tornando os registros mais raros. Em outros planetas, os mesmos fenômenos magnéticos ocorrem — há auroras boreais
e austrais em Júpiter e Saturno, por exemplo.
As auroras têm sua origem no astro principal do sistema solar. O Sol lança elétrons e prótons carregados em direção ao nosso planeta, que, ao chegar, interagem com o campo magnético terrestre e com os átomos de hidrogênio e oxigênio da atmosfera. Isso gera luzes e cores muito intensas, o que causa as famosas auroras. No caso da tempestade solar de maio, seus efeitos foram notados até mesmo no fundo do mar
.
O fenômeno solar, segundo Costa, é esperado — máximos solares
ocorrem a cada 11 anos, e o próximo deve ter o seu ápice no final do segundo semestre deste ano. Explosões e manchas solares
ficam mais comuns no período, e, desta vez, impactaram mais na aurora, rivalizando apenas com o máximo de 2002 — em 2013, a atividade foi menor.
I found the best picture of the aurora borealis, no debate. pic.twitter.com/X2YVy0THMo
— Granite Man 🏴 (@GraniteDhuine) May 24, 2024
Quanto aos efeitos físicos, o cientista diz que o máximo que pode acontecer são problemas leves em sistemas de GPS
, por conta da perturbação de tempestades muito fortes em satélites.
Leia a matéria no Canaltech
.
Trending no Canaltech: