domingo, 24 de novembro de 2024
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Aranhas têm mais medo de você do que você delas

Nathan Vieira

Aranhas têm mais medo de você do que você delas

Você já ouviu a frase “Calma! Ele tem mais medo de você do que você dele” quando se deparou com algum bicho excêntrico? No caso das aranhas, isso pode ser real. Estudos mostraram que esses aracnídeos têm reações que denunciam o modo como se sentem ameaçados na presença dos seres humanos.

Os cientistas já perceberam que algumas espécies têm inclusive o hábito de fingir a morte quando sentem medo. É o caso da aranha-joro ( Trichonephila clavata
), por exemplo, que mora no leste da Ásia, mas na última década passou a ser encontrada nos EUA.

Essa resposta a ameaças usada por muitas criaturas do mundo animal, inclusive outros aracnídeos, como os escorpiões, é chamada de tanatose. O comportamento acontece quando o animal sente um perigo em potencial. A ideia é reduzir as chances de ser comido por predadores, mas alguns usam contra parceiros, como as rãs que fingem a própria morte para escapar do acasalamento
.


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No caso da aranha-joro, o destaque vai para o tempo que ela mantém esse ato. Um estudo publicado na revista Arthropoda
contou com dez espécies de aranhas e descobriu que a maioria das aranhas pode fingir a morte por cerca de um minuto, mas as dessa espécie conseguiram ficar totalmente imóveis por mais de uma hora.

Os pesquisadores apontam que as respostas que as aranhas têm às ameaças percebidas (incluindo a aproximação de um ser humano) costumam ser passivas, como esconder ou camuflar. Algumas até aproveitam de outros predadores maiores para se esconder.

Como a aranha-joro tem um corpo chamativo e é grande demais para se esconder, fingir de morta é a única alternativa que lhe resta como técnica de proteção.

As aranhas têm o que temer

Uma razão para a aracnofobia é o medo do perigo que as aranhas podem fornecer por conta do veneno, mas um relatório publicado pela Nature
sugeriu que as pessoas são mais perigosas para as aranhas: os sistemas de produção de alimentos dependem de inseticidas letais, que têm gerado o declínio de várias espécies.

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